segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Mais estressadas e infelizes do que nunca



Em uma de suas últimas crônicas no Estadão, Nelson Motta chamava atenção para o fato de que que as mulheres hoje estão se sentindo muito mais infelizes do que antigamente. Nelsinho cita a existência de várias pesquisas que provam este fato e um artigo sobre o tema de uma pós-feminista recém-publicado no New York Times.

Segundo ele, a liberdade e a independência conquistadas a tanto custo não trouxeram para as mulheres a tão sonhada felicidade. Já com os homens, teria acontecido justamente o contrário. Eles nunca estiveram tão felizes. Que ironia a do destino, a revolução feminista teria beneficiado muito mais a eles que a nós. Brincadeira de mau gosto esta, em?
“Cinco pesquisas mundiais diferentes revelaram os mesmos e tenebrosos resultados: independentemente de classe social, estado civil, de ter filhos ou não, em todos os lugares, as mulheres estão se sentindo cada vez menos felizes. E os homens, mais”, declarou Nelson Motta no tal artigo.
Os motivos seriam, basicamente, a ditadura da beleza a qualquer custo, a eterna divisão filhos-casa-trabalho e, mais recentemente, o jugo da competência profissional, do sucesso na carreira. Hoje em dia, algumas mulheres já admitem até que seus filhos, símbolo máximo da felicidade e da realização feminina, não têm lá contribuído tanto para sua felicidade, como se imaginava. Muitas vezes, inclusive, eles têm sido mais uma fonte de preocupação, ansiedade e angústia do que propriamente de alegrias.
Já os homens estariam se beneficiando - e muito - com a maior participação de suas mulheres no orçamento familiar. Graças ao trabalho de suas mulheres, eles estão mais folgados e, com isso, mais prósperos, o que por si só já contribui para a felicidade de qualquer mortal. Em contrapartida, por mais que tenham passado a “ajudar” a cuidar dos filhos e da casa, raramente esta “colaboração” se dá no nível esperado.
E mais: para conseguir competir no exigente mundo corporativo, as mulheres acabam se exigindo demais e tornando-se ainda mais estressadas. Ou seja, passamos a trabalhar tanto, a fazer tanto que, segundo o grande Nelson Motta - e eu assino embaixo - temos cada vez menos tempo para exercer nossa especialidade, que é sentir.
Agora, por favor, me expliquem, o que ganhamos com isso? Por outro lado, não há o que fazer. o processo não tem volta. Só podemos andar para a frente.

domingo, 27 de setembro de 2009

Ainda o Cordel da banda larga (confira a letra!)

O video do Cordel da Banda larga do Gil já foi acessado milhares de vezes no You Tube e rendeu um monte de comentários num post da semana passada. Mas como tem muita gente que não abre vídeos nem tem saco pra esperar baixar no You Tube (ai, quando teremos uma banda larga de verdade na velocidade que nos vendem mas não recebemos, em?), dei uma googlada e colei a letra aqui. O Gil não é demais? Ai, quando ele fala do "internetinho", então, me identifico total. Impressionante a intimidade destas crianças com a net. (Foto: Marcia Godinho)
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Cordel da banda larga

Pôs na boca, provou, cuspiu
É amargo, não sabe o que perdeu
Tem um gosto de fel, raiz amarga
Quem não vem no cordel da banda larga
Vai viver sem saber que mundo é o seu

Mundo todo na ampla discussão
O neuro-cientista, o economista
Opinião de alguém que esta na pista
Opinião de alguém fora da lista
Opinião de alguém que diz que não

Uma banda da banda é umbanda
Outra banda da banda é cristã
Outra banda da banda é kabala
Outra banda da banda é alcorão
E então, e então, são quantas bandas?
Tantas quantas pedir meu coração

E o meu coração pediu assim, só
Bim-bom, bim-bom, bim-bom, bim-bom
Ou se alarga essa banda e a banda anda
Mais ligeiro pras bandas do sertão
Ou então não, não adianta nada
Banda vai, banda fica abandonada
Deixada para outra encarnação

Rio Grande do Sul, Germania
Africano-ameríndio Maranhão
Banda larga mais demogratizada
Ou então não, não adianta nada
Os problemas não terão solução

Piraí, Piraí, Piraí Piraí
bandalargou-se um pouquinho
Piraí infoviabilizou
Os ares do município inteirinho
Com certeza a medida provocou
Um certo vento de redemoinho

Diabo de menino agora quer
Um i pod e um computador novinho
Certo é que o sertão quer virar mar
Certo é que o sertão quer navegar
No micro do menino internetinho

O Netinho, baiano e bom cantor
Ja faz tempo tornou-se um provedor
provedor de acesso
À grande rede www
Esse menino ainda vira um sábio
Contratado do Google, sim sinhô

Diabo de menino internetinho
Sozinho vai descobrindo o caminho
O rádio fez assim com seu avô
Rodovia, hidrovia, ferrovia
E agora chegando a infovia
Pra alegria de todo o interior

Meu Brasil, meu Brasil bem brasileiro
O You Tube chegando aos seus grotões
Veredas do sertão, Guimarães Rosa,
Ilíadas, Lusíadas, Camões,
Rei Salomão no Alto Solimões,
O pé da planta, a baba da babosa.

Pôs na boca, provou, cuspiu
É amargo, não sabe o que perdeu
É amarga a missão, raiz amarga
Quem vai soltar balão na banda larga
É alguém que ainda não nasceu

A Duquesa





Acabo de assistir um filme muito interessante, principalmente para quem, como eu, adora filmes de época. Na abertura, a informação: “Baseado em fatos reais” (olha o pleonasmo, gente!), A Duquesa (The Duchess, 2008) conta a vida de uma ancestrral da Princesa Diana, a Duquesa de Devonshire, Georgiana Cavendish, que viveu na Inglaterra nos idos de 1700 e, através dela, retrata de uma forma absurdamente fiel, o papel da mulher na conservadora sociedade da época.
O figurino é fantástico e não foi à toa que faturou o Oscar. Tem uma passagem interessante relacionada à moda. É quando o duque vai retirando as camadas das roupas intimas da duquesa e pergunta porque as roupas femininas são tão complicadas. No que ela disse: “A roupa das mulheres é a forma que nós temos de nos expressar”.
Mas, além do figurino, dos atores, dos cenários, não sobra muita coisa. Para mim, pelo menos, a trama meio que deixou a desejar. Não consegui ver nada na vida ou na biografia da personagem que justificasse tamanha produção. Sem falar no final, que é muito sem graça e inesperado, deixando a sensação de que ficou inacabado.
De um modo geral, porém, o filme é muito bom. Principalmente para fechar um final de semana. Eu é que dei pra ficar por demais exigente.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A mais pura verdade...

Liana, minha mestra de web, outro dia disse uma coisa que não me sai da cabeça. A internet aproxima quem está longe e afasta quem está perto. É verdade. A mais pura verdade.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A mulher que eu amo

Que música linda. 'Não sei se foi feita especialmente para Viver a vida, mas ficou perfeita.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Beleza em estado puro

Para aquela cara horrorosa do Sarney não ficar abrindo meu blog o dia inteiro, aqui está uma foto da linda Isabela Rosselini enfeitando nossa página. E vamos à luta! Se alguém souber que filme é este me diga, viu?

"Boto quem eu quiser no Senado"

A arrogância dos Sarney realmente parece não ter limites. A última foi do filho dele, o empresário Fernando Sarney, que afirmou, numa conversa interceptada pela Polícia Federal, que é o dono de uma vaga no gabinete do senador Epitácio Cafeteira. No ano passado, ele foi o autor desta pérola: "Boto quem eu quiser", sobre o fato de seu filho João Fernando (já na segunda geração de beneficiados) ter ido contratado.

Em função do cerco ao nepotismo no Congresso, o neto de Sarney foi demitido sigilosamente. Na época, a polícia gravou (com autorização da Justiça, diga-se de passagem), uma conversa em que Fernando falava com o filho sobre a decisão do Supremo de proibir a contratação de parentes nos três Poderes. "Se você tiver que sair mesmo, o Cafeteira já me disse que o lugar é meu, que eu boto quem eu quiser".

Adivinhem o que aconteceu. Menos de um mês depois que o neto de Sarney foi demitido, quem assume o cargo? A mãe dele. Apesar do grampo, o senador Cafeteira negou a interferência de Sarney. "Eu a contratei porque quis. Não vou leiloar vaga no gabinete". Hahahaha.

Fernando Sarney, por sua vez, afirmou não ter havido qualquer ilegalidade. E nada mais disse pois, segundo ele, o diálogo vazou de um inquérito sigiloso. Seria cômico se não fosse sério.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Quem sabe faz a hora não espera acontecer.

Na Malaveia, Geraldo Vandré canta Pra não dizer que não falei de flores, Tempos idos. A letra é linda, esta frase, então - Quem sabe faz a hora... - é antológica, daquelas de se tomar como lema ou, ao menos, como meta. Não esperar acontecer. Fazer acontecer. Nem sempre a gente consegue mas é importante tentar. Às vezes dá certo e quando dá, sai de baixo. A vida vale a pena.
Tem dias que estou um saco, nem eu me aguento. Noutros estou muito psicanalizada, hoje acho que estou filosófica demais. E o pior é que é filosofia barata, pelo menos tenho consciência das minhas limitações, hahahaha.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Fabiana Karla diz que é bem resolvida com seu peso. Será mesmo?

A Fabiana Karla, a doutora Lorca, de Zorra Total, que faz o papel principal de A gorda, contou para Patricia Kogut que nunca foi destratada por ser gorda. Sorte a dela. Eu, felizmente, não sou gorda, mas durante um período fui bem cheinha e era horrível. E sei o quanto os gordos sofrem, inclusive pelas vendedoras de lojas. Para começar, nada cabe em quem está um pouco acima do peso. E depois, elas te olham como se você fosse um monstro. Uma chegou a me dizer qauando eu pedi para experimentar uma blusa: "Ah, esta aí não vai dar em você não, nem adianta experimentar". Nunca mais entrei nesta loja, claro e falo mal dela para quem posso. Para mim, o fato da plateia de A Gorda se acabar de rir na peça dela, que era pra ser dramática, é uma prova cabal de que o tema é cercado de preconceitos.

domingo, 20 de setembro de 2009

A gorda

Desde que li sobre A gorda, fiquei com uma expectativa enorme sobre esta peça. Cheguei a comentar com A., uma amiga gordinha que sofre o diabo por causa do peso, Vou ver se consigo assistir na próxima vez que for ao Rio, se bem que não é minha prioridade não. A primeira da lista é o monólogo da Fernanda Montenegro, Viver sem tempos mortos, que foi encenada aqui em Friburgo e acabei perdendo.
Mas, enfim, voltando a A gorda, a atriz principal, Fabiana Karla, eu só conheço de vista, pois não vejo Zorra Total, mas pelo que li ela se sai muito bem. A Marina W foi e contou tudo no Blowg. Ela ficou sensibilizada e com razão pelo fato das pessoas não pararem de rir um instante durante o espetáculo, que sequer era uma comédia. “Se eu fosse gorda, como a atriz é, talvez tivesse saído no meio. O que rola na plateia é constrangedor. Que ridículo”, ela disse.

Quem não vem no cordel da banda larga não vai saber que mundo é o seu



O vídeo estava lá no Ignnácia, este blog interessantíssimo da Liana e não resisti. Postei também aqui no Cris V. Vejam que maravilha o Gil, sempre genial. Alguém já disse que ele é um profeta do mundo digital e é mesmo. Numa época em que quase ninguém falava em internet, ele se saiu com aquela, lembram? “Criar meu web site /Fazer minha home-page/ Com quantos gigabytes / Se faz uma jangada / Um barco que veleje...” Agora ele vem com esta Banda larga, em que preconiza “Tudo vai passar por ela, mentes, corações, livros, teatro, televisão, todas as bibliotecas, todos os seus acervos. É a estrada nova”. Sábio Gil.

O Rei dos Gorilas morre em Ruanda

O célebre gorila Titus, morreu esta semana no Parque Nacional dos Vulcões, em Ruanda, em consequência de idade avançada. Não sabia que os gorilas viviam tão pouco. Tiltus tinha apenas 35 anos e foi explorado durante a sua como objeto de várias pesquisas científicas. Tornou-se o gorila mais famoso do mundo por ter protagonizado um documentário da BBC - Titus, o rei dos gorilas – e o filme Na montanha dos gorilas, protagonizado por Sigourney Weaver.
O filme, verídico e inesquecível, conta a história da zoóloga americana Dian Fossey, que viveu nas montanhas africanas, junto com os gorilas e acabou sendo violentamente assassinada. Ela revelou ao mundo a dramática situação dos gorilas e é considerada por muitos a responsável por eles não terem sido extintos. Titus deixou uma grande descendência e além de ter contribuído para a ciência, ajudou a difundir a luta pela preservação de sua raça.

sábado, 19 de setembro de 2009

José Mayer, o gostosão da vez

Às vésperas de completar 60 anos, José Mayer, o galã de Viver a vida vem arrancando suspiros, sussurros e gemidos. Foi, com certeza, o nome bombou no twitter durante a semana. Eu, pelo menls, não sabia de sua fama de galanteador e comedor inveterado. A Época entregou tudo. Leia na íntegra.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Peninha na Malaveia

Estava aqui trabalhando e ouvindo a Malavéia, mas de repente travo. Peninha cantando “Era uma brincadeira” é tudo de bom. Nossa, que música mais pungente, é daquelas que atingem em cheio meu lado brega de ser, aquele que curte de montão à beça Wando, Waldick Soriano, Leno, Wanderleia, Leandro e Leonardo e outros tantos mais. Por isso que eu curto a Malavéia. Faz uma salada mista, uma suruba geral, misturando Peninha com Dianne Warwick, por exemplo, um depois do outro, numa boa, sem quebrar o ritmo. E daí sai um suco legal, coerente, gostoso de ouvir, sem nenhum corte. Se tem uma arte que eu admiro é de programador musical e de DJs (quando são bons, claro).
Voltando ao Peninha, reparem só que letra singela e bonita a desta música que, tenho certeza, todo mundo conhece. Fui lá no Google buscar, embora eu saiba a letra de cor. O Edu falou agora há pouco no ar que esta música, cantada pelo Peninha, é uma das mais pedidas na Malaveia. Pessoalmente, prefiro o Caetano cantando, sempre vou preferir Caetano a qualquer um, mas ela é linda de qualquer jeito.

Era Uma Brincadeira (Peninha)

Tudo era apenas uma brincadeira
e foi crescendo, crescendo me absorvendo
e de repente eu me vi assim completamente seu
vi a minha força amarrada no meu passo
vi que sem você não tem caminho eu não me acho
Vi um grande amor gritar dentro de mim como eu sonhei
um dia

Quando o meu mundo era mais mundo e todo mundo
admitia
Uma mudança muito estranha, mais pureza, mais carinho,
mais calma, mais alegria
No meu jeito de me dar

Quando a canção se fez mais forte, mais sentida
Quando a poesia realmente fez folia em minha vida
Você veio me contar dessa paixão inesperada por outra
pessoa

Mas não tem revolta não
Eu só quero que você se encontre
Ter saudade até que é bom
é melhor que caminhar vazio
A esperança é um dom que eu tenho em mim (eu tenho
sim)

Não tem desespero, não
Você me ensinou milhões de coisas
Tem um sonho em minhas mãos
Amanhã será um novo dia
Certamente eu vou ser mais feliz

Quando o meu mundo era mais mundo e todo mundo
admitia
Uma mudança muito estranha, mais pureza, mais carinho,
mais calma, mais alegria
No meu jeito de me dar

Quando a canção se fez mais forte, mais sentida
Quando a poesia realmente fez folia em minha vida
Você veio me contar dessa paixão inesperada por outra
pessoa

Mas não tem revolta não
Eu só quero que você se encontre
Ter saudade até que é bom
é melhor que caminhar vazio
A esperança é um dom que eu tenho em mim (eu tenho
sim)

Não tem desespero, não
Você me ensinou milhões de coisas
Tem um sonho em minhas mãos
Amanhã será um novo dia
Certamente eu vou ser mais feliz.

Mas não tem revolta não
Eu só quero que você se encontre
Ter saudade até que é bom
é melhor que caminhar vazio
A esperança é um dom que eu tenho em mim (eu tenho
sim)

Não tem desespero, não

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Dirty Dancing - Time of my Life (Final Dance) - High Quality

Patrick Swayze. Mais um que se vai


Quando soube que ele tinha morrido, pensei: “Mais um que se vai”. Quando os ícones da nossa juventude começam a morrer é um sinal nítido de que estamos, de fato, entrando numa idade, digamos, “madura”. Vi e revi Dirty Dancing (Ritmo Quente), com a inesquecível cena dele dançando com Jennifer Grey ao som de Twist & Shout. Também curti adoidado Ghost, em que ele contracenava com Demi Moore, Sem falar em The Outsiders (Vidas Sem Rumo), de Coppola, filme emblemático da década de 80. Um final de vida doloroso e cedo demais.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Taís Araújo, a primeira negra na capa da Claudia


Já não era sem tempo. Os meios de comunicação, enfim, parecem ter se rendido à beleza negra. Thaís Araújo, esplêndida, é a atriz principal da novela das nove e, no primeiro capitulo, já mostrou a que veio. Ainda é cedo, mas deu para perceber que ela não é só linda e fofa, não. Vai dar conta bonitinho da Helena, de Manoel Carlos.

Demorou, mas a revista Claudia, que nunca tinha feito nenhuma capa com uma mulher negra resolveu seguir os passos da People (que colocou Michelle Obama numa capa). Tais está linda na Claudia deste mês, chama a atenção nas bancas. A atriz teve direito a perfil e ganhou o título de musa inspiradora da luta pela igualdade racial que a revista afirma ter abraçado. Na matéria, Thais que além de atriz é jornalista, diz que lutou muito para conseguir o papel de Helena até por achar que isso representa um passo importante para melhorar a vida dos negros brasileiros.

Pode ser, Thaís, pode ser. Mas ainda falta muuuuuuito para os negros conquistarem seu verdadeiro lugar na sociedade. Na verdade, eles continuam sendo as maiores vítimas de preconceito de raça ou de cor por aqui e nem vale a pena insistir neste ponto. Claudia garante que vai entrar de cabeça contra o preconceito, vamos ver. Falar sobre isso tendo como musa inspiradora uma mulher linda como Thaís Araújo, a apresentadora de TV mais bem sucedida do mundo, Oprah Winfrey, ou o presidente do país para poderoso do mundo, é fácil. Quero ver é se a Claudia e as outras revistas femininas finalmente descobrem e passam a estampar rotineiramente em suas capas e em seus editoriais de moda as nossas inúmeras belezas negras
.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Vejam que linda esta montagem feita pelo meu amigo Guerra, com uma foto das Ilhas Cagarras tirada de frente ao Posto 9 num tempo que, como ele diz, vai ficando cada vez mais utópico. Vale a pena ler o post do popmusik&rockandroll que vem junto com a imagem. Raul e Eu, sobre... Raul Seixas, é claro!

domingo, 13 de setembro de 2009

Uma comédia constrangedora de erros

Teria sido cômico se não fosse sério. Mas foi, no mínimo, uma palhaçada o que aconteceu com o turista italiano acusado de ter dado um beijo em sua filha de oito anos num hotel em Fortaleza. A denúncia partiu de um casal de funcionários públicos que se sentiram indignados com a cena, por eles considerada obscena e reveladora de crime sexual. Aquele homem ali só podia ser um tarado, um racista, assim, não titubearam em acusá-lo de exploração sexual.
O cara foi levado à Delegacia de Combate à Exploração de Criança e Adolescente, ficou preso, o caso rendeu plantão extra do Jornal Nacional, virou notícia de primeira página nos noticiários do mundo inteiro.
Só que não tinha havido nada. Ele não era nenhum tarado, o casal viu apenas uma manifestação de carinho, nada demais. Imaginem o que este homem sentiu ao ver a filha sendo abordada por desconhecidos que lhe perguntaram quem era ele, a sua revolta e a de sua mulher. Gente, ele foi preso, acusado de uma coisa destas, que horror. A mãe da menina, como não podia deixar de ser, ficou do lado do marido e disse que o casal interpretou mal o gesto de carinho do pai., que acabou sendo solto, claro.
A maldade estava apenas nos olhos de quem fez a denúncia. Tudo porque o cara era branco e a menina, moreninha, como a mãe. Fiquei envergonhada com tamanha exibição de preconceito.
Qual a imagem que o Brasil quer passar para o mundo?

sábado, 12 de setembro de 2009

Depois me digam se o Rio não é mais o Rio...

O Rio que pensa, dança e fala
Zuenir Ventura
É daqueles eventos que, quando a gente assiste em Nova York ou Paris, lamenta: "Por que não se faz isso no Rio?" Quando se faz, valem todos os louvores. A fórmula é simples e criativa. Pega-se uma gare de trem desativada e transforma-se num museu, como foi feito com o majestoso Musée d'Orsay, que reúne talvez a melhor coleção de impressionistas do mundo. Ou então como se acaba de fazer, mais modestamente, com a velha estação da Leopoldina, transformada por três dias pelo Back2Black numa pequena África. Quem não viu não sabe o que perdeu.
O espaço, por si só, já era um espetáculo. Um vagão forrado de panos com motivos africanos serviu, por exemplo, de livraria. As antigas plataformas de embarque viraram pistas de dança e terraços com mesinhas de bar. Sucatas de máquinas de trem foram recriadas como esculturas, graças a um jogo mágico de luzes coloridas. Enfim, com recursos cenográficos como estes, além de fotos, mapas, textos distribuídos pelo espaço, Bia Lessa - e quem mais poderia ser? - fez da estação da Leopoldina uma instalação capaz de acolher a proposta "Somos todos Africanos. Somos todos humanos. Back to Black".
Isso quanto ao décor, pois em matéria de conteúdo não sei se alguma vez se juntou aqui um elenco tão expressivo de nomes da música, da dança, da literatura, do pensamento do Brasil e de várias partes do mundo - África do Sul, Angola, Senegal, Zâmbia, Cuba, EUA, Benin, Cabo Verde - para cantar o continente africano e debater suas questões.Estive no encerramento, junto com uma multidão, para assistir ao show "Celebração do samba", conduzido por Mart'nalia e apresentando nomes como Luiz Melodia, Margareth Menezes, Dona Ivone Lara, além da beninense Angelique Kidjo, a cabo-verdiana Mayra Andrade e a cubana Omara Portuondo.Por dois momentos, já teria valido a pena a ida à Leopoldina: ver Dona Ivone cantando "Sonho meu" e Omara entoando "Guantanamera".
A esperança é que haja mais Back2Black e que se volte a ter a Leopoldina como espaço para outros eventos.O Rio não está se reunindo apenas para discutir a África. Primeiro foi a Casa do Saber, que já tem três anos e nada menos que 80 cursos programados para o segundo semestre. Depois surgiu o Polo Contemporâneo do Pensamento. Como universidades livres, ali se fala de tudo - de filosofia à física quântica, de arte à ciência. Agora há uma versão mais informal, uma espécie de Casa do Saber, a Oste-Rio. Num restaurante de Ipanema, há 17 segundas-feiras, o economista André Urani vem reunindo cabeças célebres ou anônimas interessadas no futuro do Rio. Na última sessão, o tema foi a revitalização do Porto, com a presença do secretário municipal de Urbanismo, Sergio Dias. A sessão funcionou como uma audiência pública.Detalhe: durante o bate-papo, come-se bem e bebese um bom vinho, a preços razoáveis.
Fonte: Jornal O Globo 02/09/09

Digam o que disserem, o Rio será sempre a cidade maravilhosa.

Vento do mar e o meu rosto no sol a queimar, queimar
Calçada cheia de gente a passar e a me ver passar
Rio de Janeiro, gosto de você
Gosto de quem gosta
Deste céu, deste mar, desta gente feliz
(Valsa de uma cidade - Ismael Netto e Antônio Maria)

O fim do Caminho


Final de novela dá uma sensação esquisita. Durante meses a gente fica ali envolvida com aquelas histórias, aquelas pessoas e, de repente, acaba, Mas adoro final de novela. Sempre. E adorei o último capítulo do Caminho. Aliás, gostei muito da novela, apesar de não simpatizar nadinha com a Gloria Peres. Acho um saco as mensagens que ela faz questão de passar em suas novelas. Tudo bem, admito, são mensagens importantes, o veículo não poderia ser mais eficiente. Mas não deixa de ser chato fica quase no mesmo nível do detestável, abominável merchandising que, na minha opiunião, tinha mais era de ser proibido.
Voltando ao Caminho das Índias, o final foi totalmente previsível, mas novela é assim mesmo e quem sucumbe ao gênero, feito eu, não pode esperar outra coisa. Quanto mais se a mesma for da Glória Peres. Mas foram lindas as cenas do Tarso com a Tonia (uma fofa a Marjorie Estiano, não?), da Melissa Cadore (adoro a Torloni, adoro!), enxergando o filho como ele é, da Camilla (outra fofa, a Isis Valverde...) contando ao Ravi que estava grávida de gêmeos. Sem falar na cena magistral em que Shankar e Opash descobrem que são pai e filho. Foi de aplaudir de pé.
Agora, como diz o D, é mudar de registro. Nem vou tentar deixar de assistir a próxima novela, mesmo achando que perco um tempo precioso de minha vida com isso. Quanto mais quando é novela de Manoel Carlos. Tem gente que não gosta, eu adoro. O problema de novela é que dura tempo demais e gente compulsiva, como eu, não se contenta em assistir um capítulo ou outro, de vez em quando. Então, são meses e meses envolvida por uma trama, acompanhando seu desenrolar, vibrando ou se decepcionando com o destino dos personagens. Fazer o que? A verdade é que
já estou com saudades de Caminho das Índias
.

TV Globo e Folha restringem uso de blogs, Twitter e outras redes sociais

Estava demorando. Já sabia que mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer, mesmo assim a notícia me impressionou. Não podia dar outra. O fato é que a TV Globo restringiu o uso de blogs, Twitter e outras redes sociais pelos artistas, jornalistas e outros profissionais da emissora. A Folha de São Paulo também criou regras para seus jornalistas e colunistas usarem Twitter e blogs. Estes não poderão emitir opiniões partidárias sobre qualquer candidato ou campanha nem postar conteúdos pertencentes ao veículo. Leia mais.

Prefiro uma livraria...

Há anos não vou a uma Bienal e, para falar a verdade, não sinto a menor falta nem vontade estar lá. Alguém me responda, por favor. Qual a graça de percorrer aqueles corredores apinhados de gente, de entrar em stands igualmente lotados? Comprar livros autografados? Dar de cara com aquele autor célebre no stand de alguma editora? Conhecer os últimos lançamentos literários? Além do mais, o Rio Centro é longe à beça.
Sei não, prefiro mil vezes uma boa livraria. Com direito a folhear tudo quanto é livro bacana sossegadamente enquanto se degusta um café caprichado. Programa de índio, a Bienal. Só iria mesmo para levar Alice, pois este ano tem muitas atrações para crianças e a Bienal sempre representa um incentivo à leitura. O que os avós não fazem por seus netos!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Queridas Amigas do Peito

Fui uma das fundadoras do grupo de mães Amigas do Peito, nos idos de 1980. Na época, quase nenhuma mãe amamentava e eu, que “ainda” dava de mamar a Helena, de quase um ano de idade, me sentia um ser de outro planeta naquele universo de mulheres que alimentava seus filhos com mamadeira.
Conheci Nina na praia. Ela se aproximou de mim ao me ver dando de mamar a Helena, porque também ela se sentia estranha por amamentar Andrina,que tinha mais ou menos a mesma idade que Helena. A identificação foi imediata e profunda. Tornamo-nos amigas inseparáveis desde aquela manhã no Posto 9. Éramos vizinhas, eu morava na Lagoa e ela, na Nascimento Silva. Vivíamos juntas, nós e nossas meninas. De manhã, praia no 9, de tarde, pracinha, a Nossa Senhora da Paz ou General Osório, tanto fazia. Nos finais de semana, muitas vezes íamos pro Caiçaras, pois a praia ficava muito cheia. Dependendo do tempo, o programa era a Lagoa, o Parque da Cidade ou mesmo o terraço da cobertura, com sua piscina de plástico. Bons tempos aqueles.
Um dia lemos no JB uma entrevista com a atriz Bibi Vogel falando sobre amamentação, com uma linda foto dela dando de mamar a Maya, então com quase dois anos. Bibi estava reunindo grávidas e mães para formar um grupo de apoio mútuo e também de reflexão sobre amamentação. Era perto, no apartamento da Lilian Palatinik, que ficava na Avenida Atlântica. E lá fomos nós, com nossos bebês a tiracolo.
Bibi nos apresentou ao grupo e logo nos sentimos em casa. Quase todas as grávidas e mães que ali estavam eram pacientes da doutora Tania Costa Rego, uma das mulheres mais interessantes que já conheci. Bebês e crianças de várias idades circulavam de colo em colo, engatinhavam, choravam e... mamavam. No meio disso tudo, um bando de mulheres no maior papo, trocando experiências sobre amamentação, sono, relacionamento com marido, sogras, palpites, pediatras, desmame. Conversar sobre o desmame foi, aliás, na época, o que mais nos motivou a ir àquela primeira reunião.
Bibi participava de um grupo de incentivo ao aleitamento materno na Argentina, o Ñuñu e sabia de sua importância para as mães que desejam amamentar ou amamentam. Como já disse, pouquíssimos bebês tinham o privilégio de ser amamentados. As mulheres até tinham consciência da superioridade do leite materno e das vantagens da amamentação, mas simplesmente não conseguiam dar de mamar por muito tempo. O despreparo dos médicos com relação ao tema era muito maior que hoje. A rotina dos serviços de saúde era a pior possível, nada de pai assistindo parto nem alojamento conjunto. Os bebês nasciam e iam direto para o berçário, onde já eram apresentados à mamadeira. A propaganda e o marketing das multinacionais de leite em pó eram muito mais agressivos. Não era de estranhar que as mães amamentassem tão pouco, desistindo diante das primeiras dificuldades. Só com muita garra e força de vontade era possível superar os obstáculos iniciais.
Lá se vão 30 anos das Amigas. Uma história. Neste tempo, muita coisa aconteceu. Daquele pequeno grupo inicial, formaram-se novos, em vários bairros do Rio e em outras cidades. Tivemos uma participação importantíssima na difusão do aleitamento materno no país. Bibi, com seu carisma e sua dedicação, conseguia mobilizar meio mundo para a nossa “causa”. Graças a ela e à participação de atrizes e de personalidades importantes (até o Gabeira, gente, participava de nossos encontros, com sua mulher Yamê), aos Domingos da Mama, aos AmamentArte e outros eventos, que reuniam dezenas de mães em praça pública, estávamos sempre presentes na mídia, na grande mídia. O que nenhum discurso oficial conseguiria.
Sem nada para perder, muito pelo contrário, as Amigas não tinham papas na língua. Denunciavam práticas ilegais, como as da Nestlé e de fabricantes de mamadeiras, que patrocinavam congressos e distribuíam brindes aos pediatras. Como estávamos na moda e na mídia, éramos chamadas para participar de palestras em hospitais e congressos médicos. Lá íamos nós, sempre falando das orientações equivocadas transmitidas por quem mais deveria nos ajudar e que dificultavam, por vezes, até impediam a mãe de amamentar. Paralelamente, as Amigas mantinham seus grupos e estavam sempre prontas a ajudar as mães que nos procuravam em busca de apoio. No começo, dávamos até nossos telefones particulares durante as entrevistas, come é que pode? A coisa chegou a um ponto que o Wambier, palhaço que era, atendia nosso telefone assim: “Amigas do Peito, boa noite”.
Tudo sem nenhum patrocínio, sem nenhum apoio. E foi por este motivo que o grupo meio que se dividiu, pelo menos perdeu alguns de seus alicerces e lideranças importantes. Se, por um lado, era fundamental manter nossa independência, por outro tornava-se necessário repensar nosso projeto, torná-lo, porque não, viável financeiramente. As discussões e debates entravam noite adentro e, entre mortos e feridos, o grupo que defendia o ponto de vista do voluntariado total e absoluto, venceu. Estas amigas, persistentes em sua luta e em seus ideais, continuam até hoje segurando o grupo nas costas. Com muita honra e dignidade. Mas que as Amigas do Peito poderiam ter ido muito mais longe, lá isso poderiam. Ninguém me tira esta idéia da cabeça.
As Amigas do Peito conseguiram comprar e manter uma sede, graças a uma ajuda internacional obtida através da Bibi, que já cessou. E só. Tem sempre algum pingadinho obtido através da venda de bonequinhas que amamentam, de camisetas de bebês com a frase “Movido a leite materno”, kepinas e outros produtos artesanais. Com isso, apenas com isso, sem qualquer verba oficial ou apoio financeiro de qualquer instituição ou empresa, as Amigas do peityo aí estão fazendo seu trabalho de formiguinhas e mantendo acesa a causa da amamentação. Afinal, não se pode descuidar da luta jamais, sob pena de tudo voltar ao que era.
Eu, como tantas outras amigas, estou longe, mas acompanho e aplaudo o trabalho abnegado das Amigas do Peito e me considero, sempre vou me considerar, uma delas. E fico feliz, muito feliz, quando vejo, hoje, quase toda mãe amamentando ou leio uma estatística comprovando como o índice de aleitamento materno subiu aqui no Brasil. Tenho a certeza de ter contribuído para que isso acontecesse e isso é bom demais.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Feliz por tão pouco

Qualquer bobaginha me deixa feliz. Um elogio, um comentário neste post, um e-mail dele, um e-mail dela, um xamego, um encontro casual na rua, uma florzinha ou um desenho que ganho de Alice... De algum tempo prá cá passei a me sentir feliz quando compro livros, roupas, supérfluos em geral para mim mesma, uma sentimento que até então desconhecia. Ganho o dia quando saio de uma loja com uma sacola na mão. Ganho a noite quando chego em casa e tem um pacote da Fnac ou da Saraiva me aguardando.
Antes não era assim. A cada vez que comprava algo para mim, fosse o que fosse, me sentia culpada, não sei porque. Um dia ouvi alguém contando que comprava algo para si próprio sempre que recebia seu pagamento, nem que fosse só um batom. Comecei a fazer isso e funcionou. Até hoje é assim. Cada vez que recebo algum pagamento me dou um presente. De alguma forma, o fato de relacionar a compra com o trabalho, como que me redime da culpa por estar gastando dinheiro comigo mesma. Pura questão de merecimento.
Aos poucos, sem que eu me desse conta, a culpa foi sumindo. E passei a me sentir feliz, muito feliz mesmo, de verdade, quando compro coisas bonitas pra mim, até quando gasto com supérfluos. O que, verdade seja dita, tem acontecido com relativa frequência, nos limites de meu orçamento. Talvez esteja querendo me compensar pelo tempo que passei me sabotando. Ai, hoje estou tão psicanalizada. Um saco...

Que tal nós dois numa banheira de espuma...

domingo, 6 de setembro de 2009

Banho é tudo de bom


Sempre que estou pensativa / ansiosa / emocionada / preocupada / nervosa / tensa / com frio / com calor/ recorro a um banho. Hiper quente, demorado, com o banheiro igual a um banho turco de tanto vapor. Não tem nada melhor. De banheira, então, nem se fala, com sais de banho, melhor ainda. Delícia das delícias. Hidromassagem, nem faço questão, é até legal, mas o barulho do motor corta todo o clima. Uma boa ducha caindo nos ombros e pelo corpo dá conta do recado perfeitamente. Com louvor.

O fato é que antes, durante, depois, sozinha, acompanhada, com ou sem segundas intenções, banho é tudo de bom. Não dá pra entender como tem gente que não é adepto.

Papo de redação

- Todo juiz se acha, pode reparar...
- É, médico também se acha, mas juiz ganha...
- É mesmo? Médico?
- Com certeza. Os médicos são super presunçosos...
- É verdade, aão mesmo. Mas o que dizer de nós, jornalistas, né?
- Jornalista não conta, jornalista é hours-concours.
- Hahahaha. Você acha mesmo?
- Lógico, ''e só reparar, especialmente os de TV.
- Mas nada se compara aos publicitários. Em matéria de se achar, não tem pra ninguém, até juiz perde...

Silêncio de unanimidade

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Mauro Ventura fatura Prêmio Tim Lopes de Jornalismo

O Mauro Ventura já deixou há muito tempo de ser “o filho do Zuenir” e, sei não, em, daqui a pouco o Zu é que vai ficar conhecido como “o pai do Mauro Ventura”, hahahaha. Os dois são tão fofos, tão incrivelmente interessantes, cada um na sua, que estas colocações não têm importância alguma.
Mas, todo pai é coruja, Zuenir deve estar feliz da vida. E não é pra menos. Mauro faturou o importantíssimo Prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo. Ele conta em seu blog que tinha expectativas, mas achava que não tinha a menor chance, Pois o prêmio foi mais que merecido. A matéria que lhe rendeu este prêmio tão importante foi sobre o Tribunal do Tráfico, uma reportagem muito arriscada e que até lembrava o caso Tim Lopes.
As outras vencedoras foram, pela ordem: a reportagem vencedora foi "No lugar errado na hora errada", do "Diário de São Paulo". Melhor série de reportagens, "Dossiê milícia", do "Dia".
Fofo e gentleman como o pai. Mauro Ventura dedicou sua vitória ao repórter que dá nome ao prêmio. Tim Lopes. O jornalismo local anda precisando levar um Tim Lopes na veia, concordam?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Vanusa Choca o Brasil Cantando o Hino Nacional

Que vergonha!!!!!!!!

O Hino Nacional não merecia isso...

Como estou mal informada, que horror. Só agora soube, pelo Saia Justa, do vídeo de Vanusa cantando o Hino Nacional durante um evento realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo que está bombando aqui na internet desde o início da semana, tipo Tapa na Pantera, com milhares de acessos. O babado aconteceu em março, mas só agora foi bater na rede e aí deu no que deu. Mico total...
Não sei se é pra rir ou pra chorar. Um horror total, mas hilário demais. O que é aquilo, gente, alguém me explique, por favor! Como aquela que foi uma das estrelas da Jovem Guarda conseguiu errar tanto a letra e cantar tão desafinada e fora de ritmo? Como ela conseguiu??? Uma vergonha.
Vanusa tentou se explicar, mas pelo menos a mim não convenceu não. Disse que pediu à produção para mandar a letra do hino e não mandaram. Aí, só conseguiu a mesma um dia antes e ficou tentando decorar, mas como estava se sentindo nervosa e insegura tomou um calmante. Em outra matéria, Vanusa disse que sofre de labiritinte e quando chegou na Assembleia sentiu-se tonta. Noutra entrevista, disse que estava preocupada com o filho doente. Como era de esperar, negou veementemente os boatos de que estaria sob efeito de drogas, como vem sendo divulgado. O que me pareceu foi que ela estava bêbada, sei não.
Com ou sem explicações, a gafe continua sendo hit na internet. Se você ainda não viu, como eu, até meia hora atrás, não perca. Abre aí.

Vinte anos sem Raul

Estou ouvindo Raul Seixas direto. Consegui a obra completa dele, tão completa que só coube em dois DVDs, cheia de raridades. Coincidentemente, faz 20 anos que ele se foi para o second floor, como costuma dizer a Liana quando se refere a alguém que se foi.
Se tem uma coisa que me deixa arrasada é ver artistas como Raul, Cazuza, Renato Russo, Rafael Rabello e tantos outros morrendo tão cedo. Eles ainda teriam tanto para viver e para criar... Não é justo. Enquanto eles se vão, tantas tralhas aí vivem 80, 90 anos ou até mais. Meu consolo é saber que acabam sendo esquecidos pois não deixam nada que preste.
Já Raul... Mesmo após 20 anos de sua morte, completados no dia 21 (como estou atrasada com este blog!!!), ainda consegue vender discos, ser reverenciado por quem viajava para outras esferas ao som de Metamorfose ambulante, Ouro de Tolo, Gita, Tu és o MDC da min há vida, Medo da chuva e tantas outras, Mais, Raul é adorado pelas novas gerações que sequer tiveram a oportunidade de conhecê-lo vivo. Um fenômeno.
Ser lembrado pela cultura de um país sem memória, onde inúmeros artistas caem logo logo no ostracismo e em total esquecimento não é tarefa fácil. Para mim, o segredo da imortalidade do Maluco Beleza, que se foi aos 44 anos, está, sim, no seu legado, mas também em sua irreverência, na imagem de rebeldia que ele cultivou e disseminou.
"Raul foi o cara que soube como ninguém misturar o rock com a música brasileira, sempre contestando, filosofando, enlouquecendo. Ninguém mais soube fazer isso". A declaração é de Sylvio Passos, fundador do fã clube oficial dedicado a sua memória, o Raul Rock Club. Falou e disse.