sexta-feira, 30 de julho de 2010

TROQUE UM PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES


Recebi este texto num e-mail do amigo José Ivan e colo aqui por achar que vale a pena.


O salário de 344 professores é igual ao de um parlamentar que rouba

Prezado amigo:

Sou professor de Física de uma escola pública numa cidade do interior da Bahia e gostaria de expor a você o meu salário bruto mensal: R$ 650. Fico com vergonha até de dizer, mas meu salário é este mesmo. E olha que eu ganho mais que outros colegas de profissão, que não possuem curso superior, como eu, e recebem minguados R$ 440. Será que alguém acha que, com um salário assim, a rede de ensino poderá contar com professores competentes e dispostos a ensinar? Não querendo generalizar, pois ainda existem bons professores lecionando, atualmente a regra é essa: O professor faz de conta que dá aula, o aluno faz de conta que aprende, o governo faz de conta que paga e a escola aprova o aluno mal preparado. Incrível, mas é a pura verdade!
Sinceramente, eu leciono porque sou um idealista e passei a ver a profissão como um trabalho social. Mas esta semana, o soco que tomei na boca do estomago do meu idealismo foi duro! Descobri que um parlamentar brasileiro custa para o país R$ 10,2 milhões por ano. São os parlamentares mais caros do mundo. Custam ao contribuinte R$ 11.545 reais por minuto trabalhado. A Itália gasta R$3,9 milhões com parlamentares. a França, pouco mais de R$2,8 milhões. Na Espanha, cada parlamentar custa por ano R$ 850 mil e na Argentina, R$1,3 milhões.
Trocando em miúdos, um parlamentar custa ao país, por baixo, 688 professores com curso superior ! Diante dos fatos, gostaria muito, amigo, que você divulgasse minha campanha, na qual o lema será:
'TROQUE UM PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES'.
COMO VOCE VAI VOTAR DEPOIS DE LER ESTA MATÉRIA?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Os encantos das redes sociais


Segunda-feira cinzenta, fria e chuvosa. A manhã voa e daqui a pouco já tenho de sair para o jornal sem ter feito metade das coisas que gostaria e precisaria fazer. O tempo. O que estará acontecendo com o tempo? A escassez certamente tem a ver com o computador, pelo menos no meu caso. pois passo horas preciosas lendo e recebendo e-mails, organizando fotos, baixando músicas e vídeos, lendo posts, notícias e... conversando, é claro.

E olha que
nunca curti MSN e afins, e geralmente entro com o status "off line" até para não perder tempo. E também para não perder tempo, só recentemente me rendi, de verdade, aos encantos das redes sociais e suas múltiplas atrações. E foi, principalmente, através do Facebook (o Orkut nunca me empolgou...), através do qual tenho (re) encontrado amigos de velha data, coleguinhas e companheiros velhos de guerra. Sem esta ferramenta provavelmente jamais teria esta oportunidade. E tem sido bom demais saber por onde estas pessoas andam e andaram, partilharmos recordações, fotos de nossos filhos e netos, de nossas viagens...

Neste momento, por exemplo, acabo de receber uma mensagem de minha querida amiga Marilda Varejão, pelo Face. Foi minha diretora na Pais e Filhos e foi ela quem me levou para a Abril, em SP. Há vinte anos não sabia de Marilda e agora a achei, pelo Facebook do Luiz Carlos Cabral, outro que não vejo há milhões de anos. Em menos de dez minutos depois que mandei uma msg já recebi uma resposta super carinhosa dela, que também só agora se rende a este recurso. E acabo de receber outra do Cabral, que bom, como issop me deixa feliz. Ganhei o dia!!!

O fato é que o Facebook tem me permitido viajar no tempo e, de uma certa forma, vivenciar um período da minha vida em que era muito, muito feliz, embora talvez não soubesse disso... Hoje, nostalgias e saudosismos à parte, a maturidade não deixa muito espaço para devaneios e viagens.

Por falar nisso, deixa eu desligar o note e correr. A VOZ DA SERRA me espera!!!!!!!!!!!!








Ilustração de Andrej Mashkovtsev e Bernardo Roman Palau

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A (falta de) sentido da vida...



No fim da tarde, depois que saí do jornal, fui lanchar no Grão Café com minha amiga Ana Borges. O assunto que dominou nossas conversas ontem, infelizmente, não foi dos mais agradáveis. A doença, com todo seu sofrimento, a velhice, o fim da vida. Ocorre que tanto eu como ela estamos acompanhando de perto o drama de muitos parentes e amigos nesta situação deprimente.

O que dizer a uma amiga, cuja mãe, de oitenta e tantos anos, teve de ser operada de um carcinoma no intestino, depois disso teve todas as complicações pós-cirúrgicas possíveis e está há quase um mês no hospital, entra e sai do CTI? E a minha irmã, coitada, com o coração já fraquinho e problemas pulmonares, cujo marido já fez 12 sessões de quimioterapia e já está enfrentando outra série de seis lá quantas sessões? A Ana, por sua vez, enfrenta diversos casos de doenças sérias na família, tios e tias idosos, alguns senis, com todas os problemas inerentes a esta condição. Sem falar em seu querido primo, o cineasta Fábio Barreto, que está em coma há sete meses depois daquele trágico acidente. E o Guerra, meu amigo de longa data (e hoje apenas através da web) que há anos vê o estado de sua mulher, uma jornalista premiada até com o Esso, se deteriorando, vítima de Alzheimer desde os 40 e poucos anos? E olha que só estou comentando aqui situações e casos de gente próxima e que não são, sequer os mais tristes e dramáticos que a gente conhece.

Não, não é fácil. Pessoalmente, não consigo aceitar estas situações com tranquilidade, embora não haja outra opção. Para quem, como eu, se tornou agnóstico, para quem, como eu, perdeu a fé, depois de tentar (e se decepcionar) com várias religiões e várias possíveis explicações para o sentido da vida, é pior ainda. Para quem acredita que tudo isso que acontece é por vontade de Deus, quem acredita erm céu e inferno, na vida eterna, estas coisas, é muito mais fácil.
Enfim, xô baixo astral que está um dia lindo lá fora e hoje marquei um happy hour com meus primos queridos. Vamos tomar um bom vinho no Cônego e celebrar a vida. Enquanto é tempo...

Imagem de Jacek Yerka


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Erasmo Carlos e eu



Ontem eu entrevistei o Erasmo Carlos. Pelo telefone, o que nunca é a mesma coisa que uma conversa ao vivo, com o papo rolando e as perguntas surgindo naturalmente. Também não chega perto de uma boa entrevista por e-mail. Sim, dependendo do entrevistado, pode render excelentes matérias. Outro dia mesmo, o Egberto Gismonti, que vai receber uma homenagem em Friburgo, me deu uma ótima entrevista, toda on line.

Mas, voltando ao Erasmo, que se apresenta amanhã no Festival de Inverno aqui de Friburgo, ele é, realmente, o que eu imaginava. Uma simpatia, um fofo. Perguntei a que atribuía o fato de fazer sucesso tanto entre os mais velhos como entre a garotada e a resposta estava na ponta da língua. "E porque eu sou um garotão", disse. "De cabelos brancos, mas um garotão". E é verdade. Aos 69 anos e quatro netos, com suas roupas de couro, sem nenhuma tatuagem, sem nenhum piercing, usando gírias da década de 60, o Tremendão nunca deixou de ser uma figura muito, muito jovial.

Eu, pessoalmente, adoro as canções de Erasmo (as da Jovem Guarda, nem tanto) e algumas me emocionam sempre que ouço. Lembram de "Pois sem você, meu mundo é diferente..."? Me leva às lágrimas, não sei porque. "Sentado à beira do caminho", idem. E "Olha, você tem todas as coisas / Que um dia eu sonhei pra mim", idem. Sem falar na da novela Caminho das Índias ("Onde você estiver não se esqueça de mim"), que amo de paixão até hoje. Tem também aquela em que homenageia as mulheres ("Dizem que a mulher é o sexo frágil/ Mas que mentira absurda..."). Nossa, a cada momento me lembro de mais uma. Agora me veio à mente "Com cabeça de homem e coração de menino"... , o máximo.

No show de hoje à noite - Rock N' Roll - ele vai mostrar, basicamente, as canções de seu último álbum, com este mesmo título. Rock pauleira, claro. Aliás, o mesmo show que ele vai fazer semana que vem no Circo Voador, quando será gravado o DVD. "A cada dia que passa, fico mais roqueiro", diz. Mas garante que não vai deixar de cantar "Sentado à beira do caminho". Caso contrário, diz, "sou crucificado".

Foto de Marizilda Cruppe

Se quiserem ler a matéria, saiu na Voz da Serra. www.avozdaserra.com.br

segunda-feira, 12 de julho de 2010

O excesso de imagens ainda vai acabar comigo...

Estou para terminar este post desde a manhã de ontem. Que nada. Fui enrolando, fazendo outras coisas, deixando para depois. Não sei o que está acontecendo. Ando tão cansada do blog! Ao mesmo tempo, cada vez tenho mais posts na cabeça, esperando a vez de serem digitados. O Facebook tem me roubado (?) um tempo precioso, mesmo sem aderir àquelas besteiras de Farmville e afins.

Também estou me familiarizando com meu novo notebook, um Dell vermelhinho Intel Core i5 6 giga de ram com Windows 7, uma joia mesmo. Mas dá o maios trabalho mudar de computador, não é? Como em qualquer mudança e por mais organizado que a gente seja, implica em arrumar, jogar coisas fora, mudar outras de lugar. Estou neste processo e empacada com o álbum de fotos de Alice, uma loucura com milhares de fotos. E as do casamento de Helena, feitas pelo Daniel Marcus, nossa, todas tão maravilhosas, como selecionar as melhores? Já vi que sem ajuda de Julia não conseguirei dar conta desta empreitada.
Por falar nisso, li ontem uma entrevista com Fernando Meireles onde ele criticava o excesso de imagens filmadas ou gravadas dos tempos atuais. Ele dizia que a "farra das digitais" não acrescentou nada de bom ao tempo do filme, pelo contrário. Só dá mais trabalho ao montador e pode ser observada por qualquer usuário de uma câmera digital, que acaba reunindo milhares de fotos e muitas vezes não consegue sequer organizá-las adequadamente. É o meu caso e o de muita gente. De que adiantam tantas fotos? Eu, pelo menos, não abro mão da cópia em papel. Então, à medida que organizo, tenho de escolher as fotos que mandarei copiar. Intuitivamente, procuro seguir mais ou menos o esquema das câmeras tradicionais, de filme, que tenho na cabeça. Umas 36, digamos, por evento. A não ser que seja um evento muito especial mesmo. Neste caso, o céu é o limite. E aí é que mora o perigo. Por falar nisso, deixa eu voltar pro My Pictures que elas, as pictures, estão lá, à minha espera.