sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Katmandu por Cora Rónai



Cora Rónai está na Índia, como muitos de vocês devem saber'. Mas se você é daqueles que (ainda) não acompanha diariamente o seu InternEtc. vale dar uma espiada no seu último post. Cora, que se assume como bixo grilo (sic), estava a duas horas de Katmandu e, claro, não podia deixar de conhecer aquele lugar que para todos nós, da mesma faixa etária que ela, vislumbrávamos como o paraíso na face da terra.
Cora se mostra chocada e surpresa com a diferença da Katmandu idealizada e a cidade que encontrou. No post, ela conta tudo. "A primeira impressão que se tem é péssima e as subsequentes também", diz. A barra é tão pesada que uma boa parte da população anda pela rua de máscara, para se proteger da poluição. Cora, cadê as fotos?





Ilustração de Dmitry Ligay.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A louca da casa


Há muito tempo não lia um livro tão bom quanto A Louca da Casa, de Rosa Monteiro, que Diego me deu de presente. Ele comprou o livro no escuro só pela capa, a apresentação de nomes como Mario Vargas Losa e Zuenir Ventura e uma breve olhada em alguns trechos. Procurei para dar de presente, já fui em vários sites e está esgotado, uma pena. O que ele me deu é da Agir, de 2008.

Como definir A Louca da Casa? Um romance? Um ensaio? Uma autobiografia? Não sei. Mas o livro é uma viagem. Fantasia, realidade, sonhos, loucura, paixão, medos e dúvidas dos escritores, está tudo ali. Quem lida com palavras se identifica geral porque Rosa Monteiro mostra as entranhas do enlouquecido ato de escrever, contrapondo a escrita enquanto ofício com a escrita como puro processo de criação.


Vejam este trecho: "Escrever, enfim, é estar habitado por uma mixórdia de fantasias, às vezes preguiçosas como os lentos devaneios de uma sesta estival, às vezes agitados e febris como o delírio de um louco".


Ah, ia esquecendo de dizer. Rosa Monteiro é uma premiada jornalista e escritora espanhola, autora de diversos livros e colunista exclusiva de El País.






quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Roberto Requião associa câncer de mama em homens a passeatas gay


Estava eu me preparando para começar o dia falando sobre um projeto bacana que conheci ontem quando dei de cara com esta notícia na primeira página do portal do UOL. Não consegui deixar passar em branco. Impressionante a cara de pau destes homens públicos. E também sua burrice e desfaçatez. Se tivessem um mínimo de cuidado, não falariam certas bobagens que deixam transparecer todo seu preconceito, atingindo e revoltando milhares de pessoas.
Agora foi a vez do governador do Paraná, Roberto Requião, que relacionou o câncer de mama em homens com as paradas gays. A declaração infeliz – e totalmente gratuita - foi transmitida pela TV educativa estadual e gerou uma reação imediata da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).
Requião quis fazer gracinha. Ridículo. "A ação do governo não é só em defesa do interesse público, é da saúde da mulher também. Embora hoje câncer de mama seja uma doença masculina também. Deve ser consequência dessas passeatas gay", disse.
Em nota oficial, a ABGLT destacou que piadas desse tipo reforçam o preconceito, a discriminação e a violência contra os homossexuais. Ressaltou também que só este ano 19 homossexuais e travestis foram assassinados no Paraná. Nos últimos 15 anos foram 160 vítimas. A assessoria do governador disse que não comentaria o caso.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O dia amanheceu chuvoso

Adoro, a chuva é inspiradora, nos traz momentos de reflexão...
Deve estar chovendo em BH, pois na Malaveia o Edu tasca No ritmo da chuva com Peninha (prefiro a versão de Los Hermanos)... "Ó chuva, traga o meu benzinho, pois preciso de carinho...Ó chuva, traga o meu amor..." Para mim Peninha é igual a Roberto Carlos, gosto demais das músicas dele e não da voz, da interpretação, mas sempre vale pelo saudosismo.
Imediatamente me lembrei de outra música de chuva, toca aí, Edu, com Jorge Ben (recuso-me a chamá-lo de Benjór, que coisa chata este negócio de numerologia)!!!! "Lá fora está chovendo. Mas assim mesmo eu vou correndo. Só pra ver o meu amor. Ela vem toda de branco. Toda molhada e despenteada. Que maravilha, que coisa linda é o meu amor, que maravilha!"
Vontade de ficar aqui debaixo dos lençois e entre as almofadas, ou brincando de... mímica. Este negócio de lembrar de músicas de chuva me lembrou as brincadeiras da adolescência com meus primos, aquela em que temos que adivinhar qual é a música a partir de uma determinada palavra.Não lembro do nome mas nesse momento ela bem que poderia se chamar saudade...
Sou uma pessoa muito responsável e o dever me chama. Bye.

domingo, 25 de outubro de 2009

Mãos

Emocionante esta imagem que eu catei no blog Mão de homem.

sábado, 24 de outubro de 2009

A fantasia, muitas vezes, é o único caminho

Li, num sei onde, e registrei num arquivo para usar como subsídio em alguma matéria. Mania de jornalista de revista.



As dez fantasias mais comuns entre os homens

1-Fantasiar com a própria parceira
2-Fazer sexo com outra mulher que não a sua
3. Fazer ou receber sexo oral
4. Sexo com duas ou mais mulheres
5. Voyeurismo e exibicionismo
6. Assistir à parceira se masturbando
7. Sexo anal
8. Submissão e sadomasoquismo
9. Sexo devastador
10. Sexo com outro homem




As dez fantasias mais comuns entre as mulheres


1. Fantasiar com o próprio parceiro
2. Fazer sexo com um homem que não é o seu parceiro
3. Fazer sexo com outra mulher
4. Algo que você nunca tentou antes
5. Receber sexo oral
6. Fantasias envolvendo sexo romântico
7. Sexo devastador
8. Ser considerada irresistível por um homem
9. Fantasiar que é uma prostituta ou stripper
10. Fazer sexo com um estranho

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Guerra do tráfico nas gavelas cariocas é manchete nos jornais do mundo inteiro


Para mim, tudo isso que está acontecendo é uma reação em cadeia desencadeada, como sempre, pela polícia. Revoltados com a derrubada do helicóptero e a morte dos colegas de farda, os policiais cariocas decidem empreender esta guerra nas favelas da cidade. O motivo destas incursões tão beligerantes nos morros se deve à caça a um único bandido. Não é assim que a banda toca, pessoal! Estas operações estão fazendo dezenas de vítimas, deixando comunidades inteiras desalojadas, em pânico e por último, mas não em último lugar, conseguindo arrasar (esperemos que não de vez) com a imagem do Rio no exterior. Mas o estrago já foi feito. A situação nos morros cariocas foi manchete nos principais jornais do mundo. (Foto Eduardo Nadar)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A diferença entre trepar, transar e fazer amor


Participo de um blog coletivo sensacional chamado Todas as coisas do mundo. Cada semana, um tema diferente. O desta semana é... sexo. Eu saí pela tangente e postei dois poemas sacanas escritos, um por Manoel Bandeira, A Cópula e outro, de Drummond, O que se passa na cama. Hoje fui lá e a Suzana Elvas publicou um texto genial intitulado Câmara clara sobre a diferença entre trepar, transar e fazer amor. Vale a visita, sem dúvida.


Ilustrações de Eduardo Recife.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Boni, o eterno campeão de audiência fala do futuro da mídia





Tive o privilégio de assistir à palestra do Boni na
Casa do Saber, um espaço super interessante, com uma programação de cursos e palestras de uma qualidade excepcional e que há muito tempo eu queria conhecer. O título da palestra não podia ser mais chamativo: “No ar, um campeão de audiência de todos os tempos".

Conhecido como o Todo Poderoso da TV Globo ou o inventor do ‘Padrão Globo de Qualidade’. Boni é, na verdade, muito mais que isso. Não conheço a carreira dele de perto (nem seu caráter), mas digam o que disserem sobre ele, ninguém pode negar que o cara é o que se pode chamar de uma enciclopédia viva da televisão brasileira. Participou de tudo, de tudo mesmo, desde que a TV chegou ao país, na década de 50.

O mais bacana, porém, é que, ao contrário de tanta gente na sua faixa etária - já bem entrado nos 70 - Boni nada tem de saudosista ou de nostálgico, pelo contrário, até evita falar do passado. É super jovial, até na voz e na postura e está antenadíssimo com as novas mídias. Daí meu interesse em ouvir o que ele tinha a dizer. E foi ótimo.

Durante boa parte da palestra/debate com a plateia, Boni falou sobre a tevê digital e foi muito questionado sobre as mudanças tecnológicas que estão começando a ser implantadas no país. Dono de uma rede de afiliadas da Rede Globo no Vale do Paraíba, em São Paulo, a TV Vanguarda, ele vem acompanhando muito de perto todas estas mudanças. Vale um parênteses para falar da TV Vanguarda, que não é vanguarda só no nome, não. As emissoras de Boni privilegiam a experimentação, a inovação, com foco no jornalismo ao vivo e na cobertura de evento. Um caminho que tem dado muito, muito certo, em todos os sentidos.

Mas, voltando à tevê digital, Boni não fez por menos. Chamou esta história de tevê digital de “falácia", pois a dita cuja não chegará à maioria dos lares brasileiros. Lembrando que apenas 7% da população têm tevê a cabo ressaltou que os equipamentos custam muito caro e as diferenças na imagem não são tão perceptíveis.

"Na época em que a TV virou colorida, aí sim, havia um estímulo óbvio, que era ver as imagens em cores, uma coisa inédita. Hoje, não. A imagem das TVs é muito boa", resumiu. Conclusão óbvia: estão é fazendo propaganda enganosa para convencer as pessoas a aderir. Tem mais. Por enquanto, pouquíssimos canaos transmitem em alta definição (HD) e com som surround, assim mesmo apenas alguns programas. Interatividade, então, nem se fala. Não tem ainda.

O que não quer dizer, vale ressaltar, que a mudança do sistema analógico para o digital não é necessária. É, sim, claro. O papo foi muito longe, mas a essência do que ele disse a esse respeito foi o que se podia mesmo esperar de um homem como ele: "É preciso se atualizar. Sempre”.

Um dos itens que permeou toda a palestra/debate com Boni foi o futuro - não apenas da tevê mas dos demais veículos de comunicação neste tempo em que tudo converge, impreterivelmente, para o digital. Ele foi taxativo. A web não vai tirar o lugar da televisão assim como esta não tirou o lugar do rádio. “Um meio não mata o outro”, afirmou. Só os impressos estão mesmo com os anos contados, garante Boni, que não deu nem 30 anos para os jornais de papel desaparecerem. "Não tem como segurar, sua produção, o processo de impressão, a distribuição, tudo isso implica numa tecnologia muito ultrapassada, além de essencialmene antiecológica".

Outro papo que rolou durante a palestra, que transcorreu num altíssimo nível, com intervenções da plateia sempre muito pertinentes e bem colocadas, foi a questão do conteúdo, este, sim, o ponto mais importante em qualquer debate sério envolvendo a mídia, de uma maneira geral. E não teve meias palavras ao afirmar que a televisão envelheceu, estacionou, está engessada, apostando no mesmo formato de sempre. “Nada de novo apareceu na TV nos últimos anos, além do Big Brother Brasil”, disse. Admitiu, porém, que se estivesse lá certamente não exibiria o programa. “Já comprei muita porcaria para não usar, só para não deixar que a concorrência comprasse e se desse bem”.

Também se conversou muito com Boni sobre a tevê pública. “O país precisa, sim, de uma tevê pública, mas tem de ser bem feita para justificar o investimento e dar audiência”, opinou, enfatizando que a tevê pública não tem obrigação de competir com as grandes, mas tem de ser atraente, como uma emissora comercial, só que com um conteúdo melhor, diferenciado. O que não acontece. “Ali não tem gente do ramo, ninguém entende de televisão” disparou.



Enquanto a primavera não chega...





Chuva no Rio, chuva em Friburgo. Neblina. Friozinho que exige até um cobertor. Friburgo, a cidade das flores, fica linda durante a primavera. Enquanto a primavera não resolve dar o ar da graça, curtam comigo esta animação 'muito maneira' como diz a Alice.

domingo, 18 de outubro de 2009

Está na hora do Estadão desafiar a Censura



Já estou há dias para comentar aqui a absurda, inexplicável, surpreendente censura prévia imposta ao Estadão, que há quase dois meses é impedido de divulgar reportagens envolvendo denúncias contra o clã Sarney. Pois o que tanto tentaram evitar, isto é, a divulgação da parte que faltava do relatório da Polícia Federal, altamente comprometedora, acabou acontecendo.
A Folha de São Paulo saiu, enfim, do muro e encarou os censores do Superior Tribunal de Justiça de Brasília mostrando em detalhes jamais vistos, como funcionam as entranhas dos lobbies que atuam em Brasília. Não li a matéria da Folha, mas o Dines leu por mim e contou tudo no Observatório. Ele saúda com entusiasmo a reportagem, que classificou como 'uma verdadeira bomba' e diz que ela representou o 'despertar de uma imprensa que passou os últimos anos entretida com o seu umbigo, suas crises de identidade e seus modelos de negócios'.
Considerando que as denúncias anteriores não deram em nada, seria demais esperar que uma reportagem a mais ou a menos faça diferença. Mas, uma coisa é certa: depois desta, o Estadão pode parar de se lamentar e ie à luta. Como bem disse o Dines, "pode, inclusive desafiar os censores e reproduzir o que a Folha ousadamente publicou". Afinal, o governo não teria coragem de censurar também a Folha e o Globo. Quanto mais faltando tão pouco tempo para a eleição.


sábado, 17 de outubro de 2009


Oba!!!!!!!!!!!!!!! Começou o horário de verão! Adoro!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Não se nasce mulher, torna-se mulher


Escrevo ainda sob o impacto e a emoção de assistir a dama do teatro brasileiro em Viver sem tempos mortos. Nada resta a dizer que já não tenha sido dito a respeito desta linda senhora que do alto de seus 80 anos completados hoje nos brinda com mais este espetáculo. Perfeito, irretocável, pungente.


Fernanda Montengro é tudo isso e muito mais. Consegue o milagre de ser, no palco, Simone de Beauvoir sem, em nenhum momento, deixar de ser ela própria. Uma hora sozinha no palco, tendo como cenário apenas uma cadeira. Sonoplastia? Uma canção de Piaf no começo e no fim do espetáculo. E só. No mais, é Fernanda, com a dignidade de suas rugas, seu domínio da plateia, sua emoção.


Ontem, então, foi uma noite especial. Com direito a parabéns prá você, aplausos de pé por mais de uma hora, algumas lágrimas, acreditem você, da própria Fernanda, que saiu do palco enxugando discretamente os olhos.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

De e-mails, links e o máximo do web design


Tem gente que deveria ter um blog. Aí colocariam lá tudo o que elas acham bacana e gostam de encaminhar para seus amigos e conhecidos. E caberia a nós, que recebemos tanta besteira, visitar ou não os tais blogs. Mas, não. Vivem enchendo as nossas caixas postais de mensagens, em sua maioria, completamente idiotas, aliás.
Tenho certeza de que a maior parte das pessoas faz como eu. Deleta tudo sem nem se dar ao trabalho de abrir. Mas, dependendo da pessoa, e se tiver algum tempo disponível, o que é raro, abro uma ou outra e dou uma olhadinha.
Foi o que aconteceu hoje. Resolvi abrir o link de uma mensagem enviada por uma ex-aluna e me deparei com uma animação sensacional. É um catálogo de vendas pela internet de uma cadeia de lojas holandesa. E, rovavelmente, uma das publicidades mais criativas que já vi. Vale a pena conferir. Vão por mim.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Estilistas criam vestidos feitos de chocolate

Reprodução em chocolate do quadro 'Le dejeuner sur L'Herbe', de Manet
O desfile com roupas feitas a partir de chocolate foi a principal atração da feira mundial do setor, em Paris, claro. Diversos estilista apresentaram suas criações a partir de chocolate. As peças foram criadas por Virginie Stucki com a ajuda da chocolateria La Maison du Chocolat, que consegue fazer um chocolate melhor que o suíço. (Fotos: Jacques Brinon)

A cantora belga Lara Fabian no modelito de chocolate criado pela Hervé Léger
A apresentadora de tevê, Laurie Cholewa, em modelito assinado por Eric Tibusch
Marie Fugain desfila um longo de chocolate assinado pela estilista Virginie Stucki

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Vou desistir de Viver a vida

Viver a vida está um saco. E quem está falando é uma noveleira assumida que não perde uma novela das nove desde que ela era novela das oito. Algumas são melhores, outras piores, e me marcam tanto que costumo até esquecer até a trama depois que elas acabam, num passe de mágica. Sim, também considero uma perda de tempo passar meses acompanhando a vida daquelas pessoas de mentira, com vidas de mentira, seus dramas, seus amores, seus desencantos, sabendo, de anemão, que tudo vai terminar às mil maravilhas.
Mesmo assim, desde que colocamos uma TV no quarto, desde então, comecei a me viciar em novelas. No começo, eu até jurava para mim mesma que aquela era a última novela que assistiria na vida, promessa, é claro, jamais cumprida. Tentava mesmo não assistir e só sucumbia quando todo mundo já estava falando na dita cuja. Logo vi, porém, que não adiantava brigar. Desde então, acompanho uma novela depois da outra, desde o primeiro capítulo e não gosto de perder nenhum. Bem compulsiva mesmo.
Só estou falando isso para situar. Porque estou pensando seriamente em desistir de Viver a vida para viver mais a vida, entenderam? Comecei a assistir a novela com todo meu entusiasmo, gosto de novela do Manoel Carlos, com suas Helenas, o Leblon aquilo que já se sabe, tipo olho mágico mesmo. O elenco era bom e tinha a Lília Cabral, não dava para perder. Em pra falar a verdade, nem cheguei a cogitar disso...
Aliás, a verdade é que só não parei (ainda) de assistir Viver a vida por causa dela, a Lília Cabral, sempre maravilhosa, sempre especialíssima, única. Impressionante esta mulher e o modo como encarna suas personagens de um modo assim tão completo. Por enquanto, Lília Cabral está conseguindo, de uma certa forma, salvar a novela. O resto está insosso que dói. A história, as tramas, o texto, a interpretação dos atores e atrizes. Gosto da trilha também. Teve umas cenas legais, como as imagens da lua-de-mel de Helena e Marcos em Pari ou as aulas de salsa que a copeira dá às granfininhas da novela, até pode ser que venha a engrenar, pode ser. A Globo não joga para perder. No entanto, chega uma hora que até quem sempre ganha acaba perdendo...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Valsa para uma menininha

Para as minhas menininhas que, para mim, serão para sempre minhas menininhas.

É uma lua mesmo? Um pedaço de queijo? Um pastel?

Que linda esta lua clicada pelo Arnaldo Bloch com sua máquina nova.

domingo, 11 de outubro de 2009

Pelo Dia das Crianças

Este poema Drummond fez pra mim!!!!! Bem, não foi bem assim. Eu trabalhava na Pais & Filhos e resolvemos pedir ao poeta que escrevesse algo sobre crianças para a edição de outubro da revista. Como a sugestão foi minha, tive o privilégio de fazer o contato e a encomenda. Que homem gentil, que delicadeza. No dia marcado, fui buscar o original e subi no apartamento da Conselheiro Lafaiete com as mãos trêmulas, o coração pulando dentro do peito.
Drummond insistiu para que eu sentasse enquanto ia buscar o texto. Voltou logo com dois livros que me deu de presente. Quando pedi para autografar, aproveitei e pedi para fazer o mesmo no poema da Pais & Filhos. E ele escreveu num cartão: "A Dalva com um abraço. Rio, 10 de setembro 1984". O original eu emoldurei e, desde então, tem lugar de destaque na casa, mesmo todo amarelado.

Soneto de uma criança (Carlos Drummond de Andrade)

Como fazer feliz meu filho?
Não há receitas para tal.
Todo o saber, todo o seu brilho
de vaidoso intelectual

vacila ante a interrogação
gravada em mim, impressa no ar.
Bola, bombons, patinação
Talvez bastem para encantar?

Imprevistas, fartas mesadas,
Louvores, prêmios, complacências,
Milhões de coisas desejadas
concedidas sem reticências?

Liberdade alheia a limites,
perdão de erros sem julgamento
e dizer-lhe que estamos quites,
conforme a lei do esquecimento?

E se depois de tanto mimo
que o fascinava, ele se sente
pobre, sem paz e sem arrimo,
forma vazia, amargamente.

Não é feliz. Mas que fazer
para consolo desta criança?
Como em seu íntimo acender
Uma centelha de confiança?

Eis, acode meu coração
E oferece, como uma flor,
A doçura desta lição:
dar a meu filho o meu amor.

Pois o amor resgata a pobreza,
Vence o tédio, ilumina o dia
E implanta em nossa natureza
A imperecível alegria.

(Rio, 18/4/1984)

sábado, 10 de outubro de 2009

Mais um cartão postal...


...para minha coleçao de fotos virtuais de Copa. Anos 30? 40?

Orquestra da chuva

Um espetáculo.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Maturidade


Li não sei onde, não sei quem escreveu, mas diz tudo o que eu sinto no momento.
"Não gosto da idéia de envelhecer mas gosto de ter nascido há muito tempo".

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Arte com pães e torradas

A criatividade humana não tem limites. Ontem caí na rede procurando imagens de torradas para ilustrar meu último post no Todas as coisas do mundo. Consegui muito mais do que isso. Acabei me defrontando com verdadeiras obras de arte feitas com fatias de pão e torradas. Aqui eu só vou dar uma amostrinha. Se quiser ver mais, é só ir no 'Todas', um blog coletivo prá lá de bacana, ideia da Marina W, do Blowg. Toda semana, um tema novo. O da semana passada era sobre Comidinhas. O desta, ainda não saiu. Vale super a pena uma visita.

Elvis feito com torradas. Obra de Lennie Payne

Mais parece uma pintura essa obra de arte feita com pães de forma

"Torradeira" mede cinco metros de largura e 4,5 metros de altura. Consumiu 2500 fatias de pão. Foi feita por Ingrid Falk e Gustavo Aguerre

Feminismo de botequim

A cada dia que passa entendo mais as mulheres e menos os homens...

domingo, 4 de outubro de 2009

Morre Mercedes Sosa

Morreu hoje Mercedes Sosa. Quem conheceu Bíbi Vogel, impossível não lembrar dela cantando "Gracias a la vida" de Violeta Parra. Três mulheres latino-americanas: Violeta chilena, Mercedes argentina e Bibi brasileira, artistas que lutaram e se comprometeram com os destinos da humanidade.

sábado, 3 de outubro de 2009

Até o Cristo Redentor se emocionou

Ainda em homenagem ao Rio

Ainda em homenagem ao Rio, delirem com esta foto tridimensional assinada por Ayrton. Ele começou sua carreira como fotógrafo da Bloch, depois trabalhou com Jacques Cousteau em várias expedições e hoje é um imagemaker generalista. Estas imagens, do alto do Pão de Açúcar, permitem aproximar e captar ângulos de 360 graus do Rio de Janeiro, ao som de O Barquinho. Uma viagem.

A frase do dia no twitter

sexta-feira, 2 de outubro de 2009