sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Marcelo Tas falou e disse



Marcelo Tas é um gênio, eu acho. Vejam algumas sábias palavras ditas por ele durante palestra sobre internet e redes sociais no Uni-BH.

“A internet revolucionou o modo como o homem se relaciona com o mundo. Hoje, todos nós somos produtores de conteúdo. A internet que, até bem pouco tempo atrás era usada apenas para produzir, agora está também sendo usada para dar ouvidos às vozes da sociedade”.

“Estamos com uma oportunidade de ouro de participar dessa revolução midiática e fazer parte dela de forma mais ativa, e não só como espectadores. Podemos conversar com várias pessoas ao redor do mundo em tempo real e criar uma rede de contatos única. Qual geração teve isso? A nossa. Pessoas mobilizam umas as outras e criam comunidades de troca de conteúdo. E a tendência é evoluir cada vez mais...”

“Não dependemos mais do outro para receber informação, pois ela está a um clique do que queremos. Temos espaço para falar, ouvir e ser ouvido. O Jornalismo está mais perto do público e o jornalista não depende mais de um veículo de comunicação para produzir conteúdo”.

"O Twitter vai matar o jornalismo covarde".

Poesia: remédio para desacelerar o tempo



Do livro de William Bonner. "A poesia foi feita, entre outras coisas, para desacelerar o tempo".

Já sei, vou mergulhar no acervo do Terra de Esperança, o blog da Liana e me embebedar de poesia.


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ó dia, ó céu, ó vida, ó azar



Ando num mau humor que dói. Rabugenta, reclamona, um saco, nem eu estou me aguentando. Tudo me irrita. Estou insuportável. O motivo? Vai lá saber. Não sei como é com você, mas eu não preciso de motivo para ficar azeda. Às vezes dá até para ter uma noção do que desencadeou o processo – geralmente coisa pequena e contornável – mas nem sempre.

Tem dias que a gente simplesmente acorda se sentindo assim.

Sim, eu sei perfeitamente. Conviver com uma pessoa mau humorada é difícil e muito, muito desagradável. Parente direto da depressão, o mau humor faz com que a gente só enxergue o lado negativo das coisas e, de uma certa forma, podemos dizer que é contagioso. Também reconheço, humildemente, que nós, mulheres, somos bem difíceis de entender, sujeitas a mudanças bruscas de humor e a acessos de mau humor aparentemente sem motivo.
Mas, vamos combinar. Nossas rotinas diárias e o volume de trabalho, afazeres, compromissos e preocupações a que somos submetidas têm mais é que nos tirar mesmo o bom humor. Pelo menos de vez em quando. Quase todos os dias somos obrigadas a lidar com situações extremamente estressantes, a ponto de não conseguirmos nos desligar para um merecido descanso.
Vivemos equilibrando pratos, somos o fiel da balança da família. Isso cansa.
Então, diante de toda esta carga, não tem jeito. Tem dias que fica mesmo muito difícil manter o alto astral, dar a volta por cima e retomar o necessário bom humor para seguir em frente.




domingo, 22 de novembro de 2009

A homofobia está ganhando



O site do Senado lançou ontem uma enquete sobre o projeto de lei (PLC 122/2006) que pune a a discriminação contra homossexuais, classificando-a como crime. Meu voto foi o de número 201.788 e até aquele momento a maioria (51,49%) era contra a aprovação do projeto enquanto 48,51%, a favor. A homofobia ainda grassa neste país, mesmo com tantos gays e lésbicas no armário. Uma vergonha. O link para a votação está bem embaixo da página do Senado, na opção Enquete.





sábado, 21 de novembro de 2009

A COISA ESTÁ FICANDO PRETA


Vale a pena refletir:
* O jornal Estado de São Paulo está sob forte censura governamental há mais de cem dias.
* O Programa do Jô tirou do ar (sem dar qualquer satisfação ao público) o quadro "As Meninas do Jô" que era apresentado às quartas feiras, onde as jornalistas Lílian Witte Fibe, Ana Maria Tahan, Cristiana Lobo, Lúcia Hippólito debatiam as falcatruas dos corruptos que se apossaram do governo.
* O jornalista Arnaldo Jabor vem sofrendo, de forma velada e sistemática, todo tipo de retaliação. Sua participação diária na Rádio CBN tem se limitado a assuntos sem relevância, pois estaria impedido de falar sobre assuntos que envolvam a política nacional e o atual governo.
* A jornalista Lúcia Hippólito, que tinha uma participação diária, às 8h na Rádio CBN, não está mais ocupando o microfone da emissora, passando a âncora em outro horário, onde enfoca matérias mais amenas e sem sua habitual contundência.
* Diogo Mainardi, da Veja, vem sofrendo ameaças de morte por parte de aliados de Lula e de integrantes dos movimentos sociais.




sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Preto é lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!



Guerra é o que nosso povo mais conhece.
As guerras de Palmares, a guerra de Canudos,
As guerras das favelas, as guerras do dia-a-dia.
As armas não eram suficientes para combater o inimigo
e as baixas sempre foram enormes. Mas hoje é diferen-
te; não é satisfatório, mas é diferente. Estamos comba-
tendo com armas mais poderosas que antes, e de diver-
sos calibres: respeito, auto-estima, consciência, inte-
ligência. E essa guerra não vai terminar tão cedo, talvez
nem termine (Thaíde, músico rapper)








BAIRROS CARIOCAS

Para quem, como eu, gosta de saber a origem de tudo e é ligado na história das cidades e seus bairrros, aqui está um aplicativo muito interessante. A origem de cada um dos 160 bairros do Rio, suas histórias, localização, fotos, formato dos limites, população e fatos interessantes. É só ir clicando no nome dos bairros.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

'Agreções' ao português





Estava eu aqui mergulhada na correção dos textos redigidos por meus alunos de Redação em Comunicação III (quinto período do curso) quando me deparo com a palavra ‘sensura’ grafada assim mesmo, com ‘s’. Erro de digitação, pensei. Mas, logo adiante, tinha outros ‘sensura’, aliás, dois na mesma frase - outra falha de redação imperdoável.
Mais um para a minha lista de ‘erros imperdoáveis’. Vejam se não é, realmente, imperdoável, uma pessoa que faz um curso superior de Comunicação (e, portanto, pretende seguir a carreira de jornalista ou publicitário), escrever, por exemplo, 'pesquizas', com ‘z’, 'compania', sem ‘h’, 'disperdicei', com ‘i’, 'propia', sem ‘r’, 'recentimento', com ‘c’ e daí por diante.
Sem falar em outras agressões ao idioma, ainda mais graves – e, decididamente, inacreditáveis - que venho flagrando ao longo das cansativas correções nos textos semanais que me são apresentados. E que, diga-se de passagem, na maioria das vezes, só são redigidos porque “valem nota”. Enquanto não adotei este critério, pouquíssimos alunos se davam ao trabalho de fazer as redações propostas.
Só para vocês terem uma idéia da dimensão do problema, aqui estão algumas destas ‘agreções’ ao nosso belo idioma da minha coleção de pérolas:
hurbano, atênção, recolem (recolhem), langerie, sussego, contextações, higiêne, despeza, alto-didata, em quanto, (enquanto), incomenda, descordou, insiguinificante, autíssemos, hurbano, dividi (divide), de mais (demais), assecível, agrícula, atênção, entendi (entende), juis (juiz), desatualisada, le (ler), deicham, toda via, indentidade, aumejava, consedido, reuni (reúne), envestem, impocibilitado, trêm (trem), impresária, concertar, visinhos, engressou, em posta (imposta), em capaz (incapaz), divido (devido), íngrimes, diverção, pré-viamente, cumprimentão, fan (fã), durmir, despesso e outras agressões, como ‘câmara’ de gás, ‘Câmera’ dos Deputados, ‘tráfico’ de veículos, ‘tráfego’ de drogas, ‘a’ muito tempo.

Obviamente, só aponto os responsáveis por estes crimes contra a língua portuguesa para seus próprios autores. Mas faço questão de exibi-los e destacá-los em classe, para que todos os alunos se dêem conta de como os mesmos são gritantes e como depõem contra quem os comete. Minha esperança é que, a partir daí, comecem a ler mais, a correr atrás do tempo perdido.
E notem que estou falando apenas de erros ortográficos, sem levar em conta a falta de coerência, de articulação, eu diria até, de sentido, de muitos textos que chegam às minhas mãos. Lamentavelmente, o que venho constatando em minhas aulas é que muitas pessoas chegam à universidade sem conseguir se expressar por escrito de uma forma minimamente clara e correta.
É desanimador constatar a falta de base, o despreparo destes meninos, mas a culpa, certamente, não é deles. Se chegaram até onde chegaram é porque, mal ou bem, cursaram 12 anos de escola, sem contar o tempo de faculdade. Lastimável.



quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Vivendo no fio da navalha





Procrastinação. A expressão é horrorosa, mas exprime exatamente um comportamento que muitos de nós temos. Admiro quem não tem o hábito de fazer tudo na última hora, que termina seus trabalhos antes do prazo e é organizado ao ponto de não deixar nada para depois.
A maioria das pessoas, porém, não é assim. Gente normal, como eu e, quem sabe, você, que me lê, vive correndo para dar conta de seus compromissos justamente porque já se acostumou com isso.
No final, a gente até dá conta. Terminamos o texto dentro do prazo, chegamos na entrevista na hora marcada, atrasamos só dez minutos a manicure, enfim, tudo dá certo. Mas, a que preço?
Até certo ponto, procrastinar pode ser considerado normal, acho eu. Mas, uma coisa é certa. Tais adiamentos não são nada recomendáveis para nossa saúde mental. Resultam, inevitavelmente, num grande estresse, uma sensação de estar sempre atrasado, tendo que correr atrás. E, vamos falar a verdade, de não cumprir com nossas responsabilidades e obrigações (sejam elas quais forem), tão bem quanto gostaríamos ou poderíamos.
O pior é que quanto mais o tempo se estreita, mais tendemos à procrastinação. Trata-se de um mecanismo mental dos mais perversos porque nos leva a um comportamento oposto ao que deveria ser adotado. E que não nos leva a ficar à toa, não, muito pelo contrário. A gente apenas perde o foco e, com isso, acaba perdendo um dos bens mais preciosos no mundo moderno, o tempo e, junto com ele, a noção do tempo.
Acabamos por inventar uma série de tarefas "necessárias", mas que não são urgentes, como organizar papeis ou responder e-mails, por exemplo. Já cheguei ao ponto de ficar arrumando álbuns de fotografias mesmo estando cheia de coisas urgentes para fazer e resolver. Parece que só sei viver assim.
Uma das atividades que mais tem me levado a procrastinar é este blog aqui e, mais recentemente, o twitter... E não só isso, mas a rede de uma maneira geral, com todos os seus links e atrativos. Tenho tentado controlar minha compulsão e por isso, ando um tanto quanto sumida, mas devo confessar que não tenho tido muito sucesso não.
Por enquanto, porém, já vou desligando isso aqui. E correndo, porque está na hora. Quem disse que consigo controlar minha compulsão? Já tinha que ter saído há pelo menos meia hora, mas pensei...acho que dá tempo de responder uns e-mails, de redigir um postzinho. Resultado: quase 13h, marquei compromisso na redação a esta hora, então, estou indo. Correndo, voando, para ser mais exata. Pra variar. Fuuuuuuuuuuuuuui!




segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sérgio Cabral lança “Ataulfo Alves - Vida e Obra” em Friburgo

Fim de semana. Rio. Praia lotada, mas deliciosa, com mar calmo e limpo. Fiquei ali na Farme, atualmente tenho preferido ficar com a galera gay do que com os remanescentes hippies e os neo-hippies do Posto Nove (esta coisa de separar as pessoas por tribos não está com nada, mas a verdade é que estes agrupamentos existem mesmo, fazer o que?).

Mas, enfim, com tanto sol e tantos programas, deixei rotina, obrigações e deveres de lado para me entregar ao... Rio de Janeiro! Sumi até aqui do blog, perceberam?

Na sexta-feira, eu e minha amiga Ana Borges, a Valentina, fomos ao Sesc onde Sérgio Cabral estava autografando seu mais novo livro, Ataulfo Alves, Vida e Obra com direito a roda de samba e a esticada no Café Pub 1930, no Cônego.

Só dei uma folheada, mas deve ser uma delícia de se ler. Tem o texto do Sérgio, que flui leve e, ao mesmo tempo, consistente, verdadeiro, fiel aos fatos, recheado de causos pitorescos e engraçados. Para quem gosta de biografias (e de samba), como eu, é um prato feito.

Conheci Sérgio Cabral no extinto Diário de Notícias, onde ele tinha uma coluna e eu era foca. Naquela época - no tempo do telex, vide o post anterior - os colunistas frequentavam diariamente a redação pois não havia internet nem fax. Bom papo, boa gente, bom colega, Cabral já era grande entendido em MPB ou melhor, em samba e cheguei a participar de rodas de samba regadas a muita caipirinha e feijoada em sua casa. Para mim, que aprendi com meu saudoso irmão Toninho a amar o samba de raiz, as escolas e blocos, os grandes sambistas, a bossa-nova, estes almoços eram uma glória.

De alguns anos para cá, Sérgio Cabral entrou de cabeça nesta empreitada, a de escrever a história da MPB. Desde então, já biografou Antonio Carlos Jobim, Nara Leão, agora o Ataulfo, de quem era, inclusive, amigo pessoal. Seu livro vem cobrir uma grande lacuna, pois não havia quase nada escrito sobre ele até agora e sai justamente no ano em que se comemora seu centenário. E vem mais coisa boa por aí. Sérgio Cabral promete nos entregar até o final do ano, a biografia de Elizeth Cardoso, a Divina. (Foto: Daniel Marcus)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Telefonia fixa vai acabar




Quem primeiro me falou sobre isso foi meu sobrinho, Antônio Lugon, diretor jurídico da Oi, com cacife e dados concretos para fazer tal afirmação. Vindo de quem vem, a informação me deixa perplexa. Diante do meu espanto, ele me lembra do Telex . Os mais novos não têm a menor idéia, mas creio que a maioria de vocês deve ter conhecido. “Era a principal fonte de receita da Embratel nos anos 80”, dizia-me ele. “Mas em 90 já não tinha mais, simplesmente acabou”.
Pois agora é a telefonia fixa que vai se esvanecendo e desaparecerá nos próximos 15 ou 20 anos. No máximo. Um prazo que tende a ser reduzido com a massificação da tecnologia 4G na telefonia móvel. Fui me informar e descobri que nos Estados Unidos o último telefone fixo já tem data para ser desligado: 2015. A informação estava numa matéria recente do The Economist. Cerca de 700 mil americanos estão substituindo seus telefones fixos pelo telefone móvel e 25% das residências só têm telefones móveis.
No Brasil, a queda do número de acessos das concessionárias ainda não é tão forte, até porque o serviço das operadoras de celulares ainda deixa muito a desejar. O desaparecimento da telefonia fixa por aqui vai depender, diretamente, da sua capacidade de transmissão e penetração. Além, é claro, dos preços que as empresas vão praticar nos serviços de banda larga oferecidos à população.
Quanto ao telefone fixo, as transmissões em vídeo são a única esperança de salvação. Que, para se disseminarem, vão depender diretamente da implantação de redes de fibras ópticas nas residências e corporações.
Quem viver, verá.

















quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Lévi-Strauss, mais um que se vai...


Homens como ele não deveriam morrer nunca. Nem envelhecer. Fiquei triste quando vi Lévi-Strauss pela última vez na tevê, já com mais de cem anos, esquálido, com Parkinson, numa cadeira de rodas, se não me engano. Uma imagem deprimente que não lembra em nada aquele pesquisador vigoroso que se embrenhava florestas adentro para fazer suas pesquisas, que teve fôlego para escrever dezenas de obras-primas. E marcou seu nome, para sempre, na história do pensamento contemporâneo com suas pesquisas ideias.

Lévi-Strauss era um mito para mim e para toda a minha geração. Com o tempo, foi se tornando cada vez mais pessimista com relação ao futuro da humanidade e alguém duvida que ele estivesse certo? Quem, em sã consciência, ousaria desafiá-lo? Nos últimos anos, quase não dava entrevistas, mas nas poucas que concedeu e que tomei conhecimento, não se cansava de falar da explosão demográfica e outras explosões, ainda mais aterrorizantes, sempre deixando claro que o mundo está avançando na direção errada.

Vindo de quem vinha, dá um medo enorme. O que será deste mundinho reles em que a gente vive???!!! Pior, o que será de nóooooooooooooooos?!!!!!!!!!!!!!!!

Por enquanto, estamos apenas mais pobres porque Lévi-Strauss se foi. Estava na hora. Cem anos está de bom tamanho, tadinho, mas, repito, homens como ele, não deviam morrer nem envelhecer. Tudo que não sei dizer sobre ele mas gostaria de ter dito está em artigo assinado por Rafael Cariello na Folha de São Paulo.




"Estamos num mundo ao qual já não pertenço. O que eu conheci, o que eu amei, tinha 1,5 bilhão de habitantes. O mundo atual tem 6 bilhões de humanos. Já não é o meu mundo".



“Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele”.

"O homem é uma espécie passageira que deixará apenas alguns traços de sua existência quando estiver extinta".

"O dia em que se chegar a compreender a vida como uma função da matéria inerte será para descobrir que ela possui propriedades diferentes das que lhe atribuíam”.


“O sábio não é o homem que fornece as verdadeiras respostas; é quem faz as verdadeiras perguntas”.




Imagens: Salvador Fuster e Vik Muniz

domingo, 1 de novembro de 2009

O jornalista e a era das novas mídias


É por essas e outras que faço questão de estar dentro. O Comunique-se de vez em quando ainda continua publicando alguma coisa que preste. Como este artigo de Izabela Vasconcelos sobre um debate que aconteceu durante o 3º MediaOn, Seminário Internacional de Jornalismo Online, em São Paulo. O tema era muito interessante: “O que um jornalista precisa para se integrar à Era das Novas Mídias”.
Um dos participantes, o jornalista José Roberto Toledo, lembrou que o Estadão descobriu a fraude da prova do Enem e o nome do suspeito antes da Polícia Federal graças ao Orkut e ao Facebook. Mesmo não sendo minha ferramenta predileta, sempre achei que fazer parte de uma rede social é importante para nós, jornalistas.
E o twitter? Terá algum valor ou é febre que dá e passa? Às vezes penso que aqueles microposts são de uma inutilidade total, aí de repente encontro verdadeiras pérolas por lá. Sem falar que assim como no caso do Enem, quem está atrás de furos sempre pode encontrar informações jornalisticamente relevantes ali.
Quanto ao blog, bem, aí é outra história. Na minha opinião e sem querer ser chata, todo mundo deveria ter um blog e mergulhar na blogosfera, principalmente quem lida com informação e também com textos e imagens. Em nenhum lugar encontramos duas coisas que buscamos a vida inteira: a liberdade de escrever o que queremos, sem censura de nenhuma espécie e a possibilidade de publicá-las, levando nossas ideias, pensamentos, opiniões, sonhos e devaneios a todos os cantos do mundo.


Num país de desdentados surge uma luz no fim do túnel


Se eu fosse dentista, certamente iria aderir ao projeto Dentista do Bem. E, no que estiver a meu alcance, vou divulgá-lo ao máximo através do blog, do jornal e do boca-a-boca, torcendo para que os dentistas aqui de Friburgo resolvam imitar seus colegas espalhados por todo o Brasil.
Até o momento, seis mil cirurgiões-dentistas voluntários estão engajados no projeto. A ideia é genial. Que cada dentista atenda em seus consultório um paciente de baixa renda com graves problemas de saúde bucal. Um, apenas um. Quando ele fizer 18 anos, outro. Iniciativa bonita, importante e com resultados efetivos, mas que obviamente não dará conta de nossa realidade.
Neste país de desdentados pode-se dizer que quem é selecionado tirou a sorte grande. Não é novidade para ninguém que tratamento dentário é coisa cara. O governo, como todo mundo sabe, não cuida sequer da prevenção, que dirá dos dispendiosos tratamentos necessários. O fato é que ninguém se preocupa com a saúde bucal da população. Dá no que dá. Quem pode, paga. Quem não pode, a imensa maioria, não tem outro jeito senão conviver com cáries, dor de dentes, dentes totalmente desalinhados, entre outros problemas. Muitos simplesmente não têm mais dentes, vendo-se privados até de comer direito, beijar, sorrir, viver em comunidade, enfim, uma tristeza.
Mas a turma lá do Dentista do Bem não tem um postura apenas assistencialista não. A classe vem contribuindo para mudar este estado de coisas. Desenvolve com sucesso o projeto em questão – mas também não perde oportunidade de chamar às falas o setor empresarial e o governo. É este o objetivo do documentário Boca a Boca, de Fabio Bibancos, que coloca em discussão a precária condição da saúde bucal dos brasileiros. O filme foi selecionado para o Festival de Cinema de Brasília.




Se cada um fizer a sua parte o problema não vai desaparecer como por encanto mas certamente fará pelo menos uma pessoa feliz.