segunda-feira, 20 de julho de 2009

Carmina Burana, o destaque maior do Festival de Inverno

O vento não deixou em paz o cabelo do maestro Silvio Viegas
Foi lindo, gente. Esplêndido. Repito, nada entendo de ópera, assim como nada entendo de balés e vinhos. Apenas gosto deles. Ou não. E Carmina Burana me emociona desde a primeira vez que a ouvi e a cada vez que ouço. Então, assistir a Orquestra Sinfônica e Coro do Teatro Municipal do Rio de Janeiro de perto naquele cenário representou, para mim, um momento do mais puro encantamento.

Sabe-se lá porque motivos o fato é que acho Carmina Burana uma peça altamente sensual, erótica até, eu diria. Aquele começo vibrante, eletrizante, apoteótico, seguido de partes mais suaves, sutis, mas nem por isso menos intensas, tudo isso me remete a sonhos e delírios. Será que sou só eu que sinto assim?

Num comentário feito em outro post, minha amiga Liliana Sarquis classifica Carmina Burana como uma obra estranha. “Tão estranha quanto a sua história”, diz. Estranho é pouco, eu diria. Não tenho a menor idéia da história de Carmina Burana, mas concordo com Lili. Carmina Burana parece mesmo “toda quebrada, meio sem nexo, um quebra-cabeças que se fecha no final, com a (quase) repetição da roda da fortuna, a parte inicial”. Isso pra dizer o mínimo.

Em muitos momentos eu fechei os olhos e me deixei levar pela imaginação. Vislumbrei cenas, possibilidades, reminiscências, viajei geral. Nem senti o tempo passar, apesar do desconforto daquele gramado.

Mas como tem gente sem educação! Não estou nem falando dos aplausos antes do final da apresentação, mas de pessoas conversando, falando alto, rindo, aparelhos celulares tocando, o cúmulo da falta de civilidade. Tivemos que mudar de lugar por causa de uma autoridade que não deu a mínima nem quando o encarei com cara de ódio e continuou no maior papo durante um dos trechos mais bonitos do espetáculo. Que babaca. (Fotos: Lúcio César)

5 comentários:

DIÁRIO DO RUFUS disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana Borges disse...

Conta, conta, conta! Quero saber quem é o babaca q. é pra ficar bem longe dele caso o encontre num desses eventos!!!

Cris V disse...

Bem que eu queria dizer o nome da autoridade que em vez de ficar no chalé com as demais celebridades preferiu ficar em pé do lado de fora. Mas mesmo um blog sendo um espaço livre e democrático, tem coisas que não dá pra escrever... E esta é uma delas! Vale esclarecer que ele não ficou muito tempo no sereno não. O suficientre para perturbar quem estava prestando atenção na música...

Cris V disse...

Ana, não aguento e vou dar uma pista. Era um secretário municipal, hahaha, cala-te boca!

AB disse...

HAH! Já sei quem é o babaca. No gênero, só um deles é tão sem noção. Ai meu saco!!!!