quinta-feira, 11 de junho de 2009

Morbidez

Se tem uma coisa que eu não entendo é porque algumas pessoas se interessam tanto pela desgraça alheia. Hoje, quase duas semanas depois do acidente da Air France, ainda tem gente acompanhando de perto a tragédia. As histórias sofridas de quem perdeu filhos, pais, maridos, mulheres, perguntam uns aos outros em que estado devem se encontrar os corpos resgatados, discorrem sobre os possíveis motivos técnicos que teriam causado a queda do avião, enfim, o tema ainda ocupa uma boa parte de seus pensamentos e suas conversas.
A psicologia certamente tem alguma explicação para tanta morbidez. Até porque esse nunca é um interesse isolado. Estas pessoas geralmente são as mesmas que anunciam e comentam desastres, acidentes, mortes, doenças graves, todo tipo de tragédia, seja ela particular ou pública.
Vou arriscar uma hipótese. De uma forma ou de outra, consciente ou inconscientemente, de forma mais ou menos assumida, tem ali um "ainda bem que não foi comigo".

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