sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Morre J.D. Salinger, o autor de O apanhador nos campos de centeio


Quando li O apanhador no campo de centeio, aos 14-15 anos, até gostei, mas não chegou a me empolgar. Alguns anos mais tarde, instada pelo Wambier, acabei relendo e, aí sim, entendi porque o livro fez tanto sucesso no mundo todo e vendeu milhões de cópias. Wambier adorava O apanhador no campo de centeio, sabia trechos de cor e fez questão de dar um para cada menina.

Nunca entendi porque aquela história mexia tanto com ele, aliás, nem sei se nossas filhas chegaram a ler o livro e se entenderam a empolgação do pai por aquela história e narrativa. Eu só me lembro que era sobre um adolescente americano rebelde e atormentado, sua passagem para vida adulta. Não chegou a me tocar, talvez por ser mulher, sei lá.

De qualquer forma, O apanhador no campo do centeio é um dos maiores clássicos da literatura mundial e já provou ser uma obra de respeito até por sua resistência ao passar dos anos. Até hoje, 60 anos depois de lançado, são vendidos anualmente cerca de 250 mil exemplares, marca que muitos autores de best-sellers não alcançam.

Salinger morreu ontem e por causa disso seu nome volta ao noticiário. Conhecido como autor de um livro só, vivia recluso há muito tempo, dava pouquíssimas entrevistas e não se deixava fotografar. Mas numa entrevista que deu ao The New York Times, disse que amava escrever, mas só escrevia para si mesmo e para o seu prazer.

Estranho isso, não é? Todo mundo escreve para um leitor, hipotético ou não. Todo mundo que escreve quer ser lido. Eu acho.



2 comentários:

Ana Borges disse...

Foi há tanto tempo que mal me lembro da história.
Deu vontade de ler de novo.
Sempre vale a pena redescobrir o que pode estar perdido/escondido na memória, com o passar dos anos.
Afinal, como vc. disse, uma obra que se mantém no topo por décadas, merece uma releitura.
Bjs.

Lista Telefonica disse...

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