domingo, 21 de fevereiro de 2010

Depressão e epilepsia ainda são um desafio para a ciência


Na tarde de ontem, a notícia de um suicídio movimentou a cidade. O dono de uma das maiores e movimentadas farmácias de Friburgo cortou os pulsos e se jogou do quarto andar de seu prédio. Foi depressão. Estava em tratamento e deixou até carta de suicídio.
Tenho pavor desta doença. Até porque ela muitas vezes se esconde sob uma capa de tristeza, desânimo, mas é muito mais do que isso. A depressão machuca, incapacita a pessoa para as atividades cotidianas, destrói laços afetivos e acaba com a autoestima, podendo, muitas vezes, culminar em suicídio.
A mais comum das doenças psiquiátricas, a depressão ainda continua desafiando a medicina. Suas origens biológicas e suas causas ainda não foram totalmente esclarecidas. Até pouco tempo acreditava-se que a depressão surgia devido à falta de neurotransmissores, substâncias associadas às sensações de prazer, autoconfiança, libido e até ao apetite. A hipótese mais aceita hoje é a de que a depressão está ligada ao mau uso que o cérebro faz dos tais neurotransmissores. Li não sei aonde que os medicamentos atuariam como uma espécie de curativo, que protege a ferida para que o doente não se machuque ainda mais. Apenas.
Não sei se é verdade. Se for assim, seria mais ou menos como o tratamento da epilepsia, que na maioria das vezes apenas controla as convulsões e tem que ser tomado pela vida toda. O cérebro é, realmente, uma caixinha de surpresas e ressonâncias que ainda tem muito a ser desvendado. Mas tomara que os cientistas, os pesquisadores, consigam desenvolver drogas que efetivamente tratem estas doenças tão comuns e ainda tão desconhecidas, perigosas e, principalmente no caso da epilepsia, cercadas de preconceitos.


Imagem: Mike Worral

4 comentários:

Ana Borges disse...

Dalvinha, fujo desses assuntos como o diabo da cruz.
O problema é q. de vez em qdo. tô catando alguma coisa interessante pra ver na TV e de repente, topo c/um filme, documentário ou debate sobre o tema.
Aí, ferrou. Ao mesmo tempo em q. evito, qdo. ele surge na minha frente na forma visual, fico impactada e embarco nas elocubrações sobre os mistérios da mente e suas doenças irreversíveis.
É o cão!
Nossas cabeças, essas sim, são as grandes questões, de ontem, hoje e sempre. Ñ tem essa de "ser ou ñ ser", não... O buraco ñ é lá embaixo, é em cima mesmo.
Te cuida querida amiga.
Beijão. Te amo.

Cris V disse...

Aninha, ao contrário de vc. adoro estes temas, principalmente quando tratados de forma científica. E torço para que os pesquisadores consigam conhecer e controlar melhor estes e outros males que afligem nossas mentes. Já evoluímos muito. Do tempo do gardenal até os dias de hoje muita coisa melhorou. Concorda? Bjs desta amiga aqui que tb. muito te ama!!!

Cris V disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lista Telefonica disse...

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