quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Ainda sobre a intolerância religiosa


Se tem algo que me orgulha aqui neste blog são os comentários que recebo, sempre tão inteligentes e que acrescentam tanto aos posts. Lamento que muitas pessoas que me visitam não tenham o hábito de comentar ou de, pelo menos, ler os comentários postados.

Mas o post de ontem, onde abordei a intolerância religiosa e o fato do Brasil estar livre desta praga que atinge 70% da população do planeta, rendeu dois comentários que mereciam estar aqui na frente. Até porque eles ressaltam que não vivemos numa democracia religiosa tão grande quanto se decanta. Um dos aspectos que ela destacou e que também me inquieta sobremodo é o fanatismo dos evangélicos, mais especificamente, dos pentecostais e dos universais do reino de deus, e tudo o que este fanatismo acarreta.

Um foi da jornalista Liliana Sarquis, que chamou a atenção para o preconceito existente contra espíritas e afins. "Felizmente estamos num país com tolerância religiosa. Pelo menos de uma boa parte da população. Acho, entretanto, que quem é espírita, principalmente da umbanda ou candomblé, sofre um pressão muito além do que se pode chamar de "diferença de credos", passando para a intolerância. O crescimento de "facções" evangélicas, mais radicais, me assustam. Chutar despachos, quebrar santos, fazer lobbys (políticos) contra reinvidicações de certos cultos, ridicularizar outras religiões, tudo isso para mim se chama intolerância religiosa. Quantas pessoas da umbanda ou candomblé vc conhece que assumem sua crença (muitos falam que são católicos)? quantos morrem de vergonha quando precisam colocar despachos na encruzilhada ou tenham que "deitar pro santo"? Ah, tem ainda os ateus. Estes então, coitados, parecem que são a encernação do próprio demo! rsrsrs".

Carlos Emerson complementa: "Nem vou falar das guerras santas, praticadas por todas as religiões, em nome de seus deuses...E para complementar o ótimo comentário da Liliana, vamos incluir nessa lista os agnósticos e ateus, que ainda são queimados vivos se assumirem suas não-crenças".

Valeu, "Crisvetes", nome cunhado pela responsável pelas belas imagens do Cris V, a Liana, do Ignnácia e do Terra de Esperança.