quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ó dia, ó céu, ó vida, ó azar



Ando num mau humor que dói. Rabugenta, reclamona, um saco, nem eu estou me aguentando. Tudo me irrita. Estou insuportável. O motivo? Vai lá saber. Não sei como é com você, mas eu não preciso de motivo para ficar azeda. Às vezes dá até para ter uma noção do que desencadeou o processo – geralmente coisa pequena e contornável – mas nem sempre.

Tem dias que a gente simplesmente acorda se sentindo assim.

Sim, eu sei perfeitamente. Conviver com uma pessoa mau humorada é difícil e muito, muito desagradável. Parente direto da depressão, o mau humor faz com que a gente só enxergue o lado negativo das coisas e, de uma certa forma, podemos dizer que é contagioso. Também reconheço, humildemente, que nós, mulheres, somos bem difíceis de entender, sujeitas a mudanças bruscas de humor e a acessos de mau humor aparentemente sem motivo.
Mas, vamos combinar. Nossas rotinas diárias e o volume de trabalho, afazeres, compromissos e preocupações a que somos submetidas têm mais é que nos tirar mesmo o bom humor. Pelo menos de vez em quando. Quase todos os dias somos obrigadas a lidar com situações extremamente estressantes, a ponto de não conseguirmos nos desligar para um merecido descanso.
Vivemos equilibrando pratos, somos o fiel da balança da família. Isso cansa.
Então, diante de toda esta carga, não tem jeito. Tem dias que fica mesmo muito difícil manter o alto astral, dar a volta por cima e retomar o necessário bom humor para seguir em frente.




9 comentários:

Liliana disse...

dalvinha, é a terceira ou quarta vez que acontece alguma coisa comigo e, no mesmo dia, vc coloca algo parecido no teu blog. Bola de cristal ou coisa parecida??? Nunca acordo de mau humor e, dificilmente, isso acontece sem que tenha motivo. Mas hoje, ou melhor ontem foi demais. Por que ontem? Já é 1h39 da madrugada e ainda estou acordada e relaxando aqui no teu blog. Só pra resumir, além de ter mil coisas pra fazer desde o iníco da semana (exames e burocracia da cirurgia, renovação de carteira de motorista, mamãe tendo que fazer mamografia, bar) hoje-ontem cheguei no bar e logo depois tive que descer de ônibus para uma reunião com...zé duarte, para escolher os melhores da imprensa. volto de ônibus e encontro dois cliente com cleo. Os caras resolveram conversar conosco até quase meia noite. sobre vida particular, quer coisa mais chata quando nem sabemos o nome do indivíduo? antes, a tarde não havia achado meu cartão de banco e já estava meio desesperada. Mas achei que estivesse em casa. Meia noite e meia volto para casa. Depois da superpão sabe o que acontece???? acaba a gasolina! (o ponteiro está com defeito). Paro no açougue. Vem um travesti, provavelmente achando que eu era cliente. Quando ele viu que eu era mulher saiu discretamente. Nisso, um cara grandão fica me olhando. Ligo pro seguro que, pasme!, não aceita ligação de celular. Apelo pra Deise. ela tenta Rodrigo, tenta Cleo e nada. Tenta o seguro e não consegue. Fecho o carro e procuro um taxista que me socorre e ainda coloca a gasolina no tanque e uma boa parte na minha mão *estou com cheiro até agora). Resolvo encher o tanque usando cartão de crédito. Vou ao posto em frente a rodoviária Sul. Fechado. volto aquele perto do radar. Enfim, uma coisa dá certo. Chego em casa e, depois de um demorado banho, descubro que o tal cartão desaparecido não está aqui e que o Fluminense tomou de 5x0 da desgraçado de LDU!!!!!!!!!!!!!! Ô dia, ô céu, O vida, ô azar"
(amanhã vai ser outro dia).

Liana disse...

Dalvinha querida,

O mau humor estraga parte da vida e ainda por cima joga no lixo momentos importantes. Tem tratamento para ele,pôxa!

Liliana,esse dia foi tão horroroso que ficou até engraçado!

Beijo de bom dia,meninas!

Monique Schuabb disse...

Eu tenho um amigo que me pergunta: "vc tomou suco de limão sem açúcar hoje?" Rs...

Faz parte!

Abçs.

Liliana disse...

Liana, vc acha que eu não ri com tudo isso??? E o lance do travesti então!!!!
Ah, achei o cartão. Estava debaixo do banco do motorista, ou seja, de mim!
Tenho sorte de ter bom humor normalmente. Meu pai era assim, minha mãe também é. Ela tem 87 anos, está na cadeira de rodas, tem visão subnormal, mas é lúcida. Brinca com a morte. às vezes, sentindo dor ela diz: "minha filha, eu estou fazendo biscoitinho pra viagem". rsrsrsr. Dá pra levar a sério alguém que está dizendo que está com os dias contados? Só rindo. Mas aí as pessoas me acham fria, parece que eu não gosto dela. Imagina. Mas olhando por o ângulo do bom humor, existe uma forma mais legal de se tocar nesse assunto-tabu que é a morte (principalmente quando é a própria) do que brincando??? Se dá pra brincar com isso, com certeza dará pra brincar com os problemas do dia-a-dia. Assim que eu procuro encarar.

Liana disse...

Liliana, que engraçada a sua mãe!Bom humor é uma dádiva,menina! Eu tenho um excelente humor e dou o maior valor a isso, a vida fica mais leve.
Monique, sabe que tem gente que diz que o limão é uma laranja de mau humor? rsrsrs

Ana Borges disse...

Lili, minha querida, vc. é tão engraçada, mas tão engraçada, q. até em dias caóticos como esse q. vc. viveu, o mau humor ñ gruda em vc.
É como disse Liana, seu dia foi tão horroroso, mas a forma como vc. o descreveu foi hilário.
Morri de rir da sua "desgraça", me desculpe, mas ri muito.
Agora, c/a nossa Dalvinha, a questão é diferente. Já falei q. ela precisa frear o ritmo, senão o mau humor vai virar doença, como ela mesmo considera. Dá frustração, insatifação mesmo, vira depressão.
Dalvinha querida, desacelera, prioriza, se poupe q. a vida é curta e de certos fardos a gente tem q.se livrar.
Nem tudo vale a pena.
Beijão pra todas aqui.

Cris V disse...

Minhas queridas, vcs. são o máximo e acho o nosso cafezinho aqui uma delicia. Interessante como um blog consegue unir pessoas que sequer se conhecem pessoalmente, não é?
Quanto à minha pessoa, não se preocupem. São fases. Fim de ano é assim mesmo para mim. Taldez devido a uns "traumadiinfancia" como dizem alguns, eu sempre fico deprimida, insuportável, na época do Natal. E já à medida que este período se aproxima, ou seja, na primeira propaganda com papai noel, já começo a sentir os sinais de depressão se aproximando.
Mas vou desacelerar, sim. Daqui a pouco. E já comecei a praticar. Já devem ter lido no post de hoje. Bjs a todas.

Liliana disse...

Ana, até eu ri com a minha "tragédia". Também acho que desacelerar é fundamental em certas horas, quando se está stressada,mau humorada. Na verdade, humor é fundamental em todas as horas. Tem uma história, acho que no livro do Dalai Lama, que diz que um homem, sempre se sentindo infeliz, ganhou uma fortuna na loteria. ficou muito alegre no começo, mas depois tudo voltou ao normal e, mesmo milionário, ele se sentia infeliz. Já uma mulher, muito bem humorada, descobriu estar seriamente doente, ficou infeliz por uns dias, chorou etc., mas depois se acostumou com seu destino e voltou a brincar, a rir, a ser feliz dentro das suas limitações. Acho que é a história do "fazer biscoitinhos pra viagem", da mamãe. Ou de meu pai no hospital gemendo de dor, mas brincando ao mesmo tempo, dizendo que auilo era uma música árabe (ele era filho de libaneses).

Ana Borges disse...

Só mais uma coisa pra encerrar:
ADORO estar aqui c/vcs, meus melhores sentimentos afloram qdo. me conecto c/vcs.
Isto é amor.
Obrigada Dalvinha, querida, por tudo q. vc. nos proporciona.
Beijão, Dalvinha, Lili, Liana e outros q. por aqui bordejam.