domingo, 1 de novembro de 2009

Num país de desdentados surge uma luz no fim do túnel


Se eu fosse dentista, certamente iria aderir ao projeto Dentista do Bem. E, no que estiver a meu alcance, vou divulgá-lo ao máximo através do blog, do jornal e do boca-a-boca, torcendo para que os dentistas aqui de Friburgo resolvam imitar seus colegas espalhados por todo o Brasil.
Até o momento, seis mil cirurgiões-dentistas voluntários estão engajados no projeto. A ideia é genial. Que cada dentista atenda em seus consultório um paciente de baixa renda com graves problemas de saúde bucal. Um, apenas um. Quando ele fizer 18 anos, outro. Iniciativa bonita, importante e com resultados efetivos, mas que obviamente não dará conta de nossa realidade.
Neste país de desdentados pode-se dizer que quem é selecionado tirou a sorte grande. Não é novidade para ninguém que tratamento dentário é coisa cara. O governo, como todo mundo sabe, não cuida sequer da prevenção, que dirá dos dispendiosos tratamentos necessários. O fato é que ninguém se preocupa com a saúde bucal da população. Dá no que dá. Quem pode, paga. Quem não pode, a imensa maioria, não tem outro jeito senão conviver com cáries, dor de dentes, dentes totalmente desalinhados, entre outros problemas. Muitos simplesmente não têm mais dentes, vendo-se privados até de comer direito, beijar, sorrir, viver em comunidade, enfim, uma tristeza.
Mas a turma lá do Dentista do Bem não tem um postura apenas assistencialista não. A classe vem contribuindo para mudar este estado de coisas. Desenvolve com sucesso o projeto em questão – mas também não perde oportunidade de chamar às falas o setor empresarial e o governo. É este o objetivo do documentário Boca a Boca, de Fabio Bibancos, que coloca em discussão a precária condição da saúde bucal dos brasileiros. O filme foi selecionado para o Festival de Cinema de Brasília.




Se cada um fizer a sua parte o problema não vai desaparecer como por encanto mas certamente fará pelo menos uma pessoa feliz.

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