sábado, 5 de dezembro de 2009

O lastimável artigo de César Benjamim




Como se não bastassem os vídeos de Brasília e as declarações lamentáveis que sucederam a divulgação dos mesmos, a semana teve o caso Benjamim. Até hoje não digeri aquele artigo publicado na página de Opinião da Folha de São Paulo e assinado por César Benjamim, com ataques pessoais a Lula.
“Os filhos do Brasil” é recheado de mentiras e maledicências, com insinuações - sem o menor fundamento - de que Lula teria tentado estuprar um companheiro de cela, quando esteve preso, durante a ditadura. Uma denúncia grave, absurda e, o que é pior, mentirosa, contra o presidente da república e que foi desmentida até por quem Benjamin afirma ter testemunhado o “acontecimento”. Lula disse não entender o motivo do ataque e classificou como “loucura” o episódio narrado no artigo.
O que pode ter acontecido com o Cezinha para ele cometer tal irresponsabilidade? Eu o conheci há anos, daquela turma de exilados que voltavam ao país e passavam lá por casa. Sua fama era a de ser narcisista ao extremo (um "mala") e de provocar rachas por onde passava. De lá para cá, de vez em quando leio um artigo dele na Folha, sempre meio radical demais, aquele discurso de esquerda que parou no tempo. Agora, porém, ele pirou. Não pode nem ser chamado de ridículo, porque o que ele fez foi grave.
César Benjamim perdeu uma excelente oportunidade de ficar quieto. Ele não podia fazer uma denúncia tão bombástica e já tendo se passado tanto tempo do ocorrido sem ter um só testemunha a seu favor. O governo disse que não vai responder e faz bem, tem certas bobagens que é melhor mesmo deixar quieto, ignorar. Até porque a Folha agiu como principiante, se quis atingir Lula, não conseguiu. Assim como eu, muita gente, até quem não simpatiza com o presidente ou já se decepcionou por completo com ele, deve ter ficado solidária.
Como um jornal com a tradição da Folha de São Paulo foi se prestar a isso, em? O Cezinha pirar dá até para entender, mas a Folha embarcar nessa, foi má fé demais, além de muita, muita infantilidade. Lastimável até porque o episódio acaba resvalando sobre a imprensa como um todo, que é acusada de denuncismo barato, sensacionalista e por aí vai. Querendo criar um fato político desfavorável a Lula, a Folha transgrediu as mais elementares regras do jornalismo e da ética. Portanto, as tímidas desculpas de seu ombdsman não colam.





2 comentários:

Ana Borges disse...

Ñ sei se é passageiro ou eu tbém. tô exausta de ser mera espectadora de toda essa bandalha, q. às vezes acho nunca terá fim.
Será q. foi sempre assim? Desde os primeiros tempos, aqueles ditos imemoriais? Parece, né?
Mas apesar desse vampirismo que nos assola, ainda prefiro sentir o cheiro da podridão do q.ficar imune.
Torço p/esse cansaço q. chega a doer nos ossos passe e eu volte a jogar as panelas na parede, de raiva.
Tenho medo de ficar alienada. Pq. daí pra insanidade é um pulo.
Bjs, Dalvinha querida, q. a melhor saída é seguir em frente.

AB disse...

Nem falei do Cesar Benjamim pq. ñ vale a pena. Muito menos do papel (ão) da Folha.
Aliás, dizer o quê, né?
Vc. já disse tudo.
BJ.